Líder da greve dos caminhoneiros em 2018 promete nova paralisação: 'Parar o Brasil'

Dedeco diz que o país precisa protestar contra os aumentos dos combustíveis anunciados nesta quinta-feira pela Petrobras

Luciana Carvalho
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Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, disse que o Brasil precisa parar para protestar contra os aumentos dos combustíveis anunciados nesta quinta-feira pela Petrobras. As altas começam a valer a partir de amanhã com 18,8% para a gasolina e quase 25% para o diesel nas refinarias. As informações são da Folha de S.Paulo.

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"Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar", afirmou Dedeco.

Segundo o caminhoneiro, em Mato Grosso, onde parou o caminhão para abastecer e seguir viagem até Presidente Prudente, em São Paulo, ele pagou R$ 6,80, o litro.

Ele diz que a guerra da Rússia contra a Ucrânia serve como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras". Dedeco afirmou que caminhoneiros e transportadoras são os primeiros a sentir o reajuste, mas os preços logo serão repassados "na gôndola dos supermercados, em todos os produtos".

Lucro recorde e dividendos bilionários

Petrobras teve lucro líquido recorde de 106,7 bilhões de reais em 2021, contra 7,1 bilhões no ano anterior, principalmente devido ao avanço de 77% do preço do barril do petróleo no período e valores mais altos dos combustíveis.

Além dos resultados, a companhia informou nesta quarta-feira (10) o pagamento de dividendos também recordes de 101,4 bilhões de reais referentes ao exercício de 2021.

Em nota, a Petrobras afirmou que o anúncio vem após 57 dias sem reajustes. Segundo a companhia, esse movimento "vai no sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda".

"Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo", disse a estatal.

(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)

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