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Guerra Ucrânia x Rússia: motoristas se preocupam com preços dos combustíveis no Pará

Os usuários refletem sobre o risco de a gasolina ficar ainda mais cara

Abílio Dantas
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A guerra entre Rússia e Ucrânia, além de provocar debates sobre diplomacia e direitos humanos, elevou o preço do barril de petróleo no mercado internacional, passando a marca histórica de U$ 130 a unidade. Até o momento, a Petrobrás não emitiu posicionamento sobre o valor do produto nas refinarias, no entanto, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Pará (Sindcombustíveis-PA) afirma em nota que as empresas distribuidoras já aumentaram os preços.

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“A Petrobrás não sinalizou qual será sua posição quanto ao preço de refinaria, não existindo anúncio sobre eventual aumento de preços de imediato. Entretanto, vários postos do Estado foram surpreendidos por aumentos no preço de venda das Distribuidoras, sob argumento da elevação do preço do petróleo. Isto significa que, antes mesmo de haver definição da Petrobrás sobre o repasse do aumento no mercado externo ao preço da refinaria no Brasil, as Distribuidoras já elevaram o preço de venda aos postos”, declara o Sindcombustíveis.

O presidente do sindicato, João Antônio Victor, afirma que, “para garantir que a sociedade seja devidamente informada”, o Sindcombustíveis resolveu ir a público “informar o ocorrido e manifestar repúdio à elevação indevida de preços pelas distribuidoras em prejuízo ao consumidor”. Ainda segundo a entidade, “cada distribuidora pratica um aumento, então não há a definição de um parâmetro. Vai de acordo com a compra que elas fazem no exterior”.

Quanto a gasolina pode aumentar no Pará?

O economista Luiz Carlos Silva, conselheiro do Conselho Regional de Economia de Pará e Amapá (Corecon PA/AP), analisa que não é possível determinar até quanto o preço da gasolina pode chegar. “Teremos que aguardar o desenrolar dos acontecimentos, torcer para que esse conflito na dure e não se espantar, pois certamente teremos aumento de preço”, afirma.

Para o economista, o ideal para diminuir os custos da população decorrentes da alta dos combustíveis seria a garantia de “um sistema público de transporte eficiente ou uma malha cicloviária que garantisse segurança aos ciclistas”. “Como não temos nenhuma nem outra, temos que buscar alternativas como a carona amiga, o rodízio de veículos entre amigos que moram próximo e trabalham na mesma região. No nosso Estado, o uso do etanol não é vantajoso em grande parte do ano, visto que só é vantagem usar etanol quando o preço estiver 30% mais barato que a gasolina”, observa.

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Em um posto do centro de Belém, Felipe da Costa Martins, assessor de comunicação, considerou que a guerra entre Rússia e Ucrânia acende um alerta nos motoristas do Brasil. “Os problemas internacionais sempre trazem reflexos sobre nós. A situação é difícil, não sei bem o que fazer. Acredito que só podemos aguardar”, declara.

A professora de Educação Física Kelen Ribeiro, que também trabalha como motorista de aplicativo, afirma que gasta R$ 150 por dia em abastecimentos. “Está insustentável pagar quase R$ 7 no litro da gasolina. Estamos pagando para trabalhar”, critica.

Mototaxistas se preocupam com encarecimento

O presidente da Federação dos Mototaxistas e Motoboys do Estado do Pará (Fenamoto-PA), Alessandro Félix, destaca que a categoria está preocupada com os desdobramentos que a invasão da Ucrânia pela Rússia pode desencadear do ponto de vista econômico. “Além dos combustíveis, também nos preocupa como essa guerra pode afetar o mercado das motocicletas elétricas. As regiões em guerra produzem as baterias elétricas, tanto de moto quanto de carro”, observa.

De acordo com Alessandro Félix, o valor mínimo de uma corrida dos mototaxistas e motoboys no Pará custa por volta de R$ 5. “E a gasolina já é encontrada a mais de R$ 7. A nossa ideia, desde quando fundamos a Federação, era de que o valor de uma corrida custasse o preço de um litro de gasolina. Isso não ocorre porque vivemos uma situação complicada, pois não podemos aumentar o preço da corrida e da entrega”, afirma.

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