Acusado de arrastar mulher por 1 km diz que 'não conhecia' a vítima após prisão
Testemunhas afirmam que atropelamento foi proposital; família diz que os dois tiveram relacionamento curto
O motorista Douglas Alves da Silva, 26 anos, preso por atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, 30, por cerca de 1 km na Marginal Tietê, em São Paulo, afirmou à polícia que não conhecia a vítima. A declaração, dada dentro da viatura após a prisão no domingo (30), contraria relatos de familiares e amigos de Tainara, que afirmam que os dois mantiveram um relacionamento esporádico.
“Não conheço ela, meu rei. Tudo mentira na internet. Eu fui atropelar o cara que me ameaçou. Não vi ela”, disse Douglas ao ser detido, segundo a Polícia Civil. O caso é investigado como tentativa de feminicídio.
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Apesar da negativa, testemunhas afirmam que o atropelamento foi deliberado. Relatos colhidos pela Polícia Civil indicam que Douglas teria discutido com Tainara dentro de um bar na Zona Norte antes do ataque.
Um funcionário do local disse ter visto o motorista acelerar o carro diretamente contra a vítima e, após atingi-la, puxar o freio de mão para aumentar o atrito enquanto o corpo de Tainara era arrastado pela via.
As imagens da cena, gravadas por uma testemunha, foram entregues à polícia e circulam nas redes sociais.
Vítima teve as pernas amputadas e permanece na UTI
Tainara, mãe de duas crianças, passou a madrugada em um bar com uma amiga. A amiga relatou que se afastou por alguns minutos e só soube do atropelamento ao ser informada por volta das 6h30.
Arrastada por cerca de 1 km, ela sofreu ferimentos gravíssimos, passou por diversas cirurgias e teve as duas pernas amputadas. A vítima permanece entubada na UTI.
Durante a abordagem no domingo, Douglas tentou tomar a arma de um policial e acabou baleado antes de ser levado à delegacia. Mesmo ferido, manteve a versão de que pretendia atingir outro homem que supostamente o havia ameaçado.
A Polícia Civil segue investigando o caso e colhendo depoimentos para esclarecer a real motivação do crime.
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