CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Vendedor de água de coco da Praça Batista Campos inova e substitui o canudinho de plástico por canudo de bambu

Said Baleixo Trindade afirma ter aumentado suas vendas em 40% após oferecer a alternativa sustentável

Tainá Cavalcante
fonte

A venda de água de coco sempre foi a principal fonte de renda do comerciante Said Baleixo Trindade, que trabalha há 29 anos em uma barraca na Praça Batista Campos, em Belém.

Os rumores de que o uso dos canudinhos de plástico seriam proibidos preocuparam o vendedor. Então, Said transformou sua preocupação algo sustentável e rentável: "criou" os canudinhos de bambu.

LEIA TAMBÉM

"Surgiu o boato de que o canudinho de plástico iria acabar e aí eu pensei: bom, eu vivo e sobrevivo do coco. Se acabar o canudinho, como vou sobreviver?. Então veio a ideia de fazer o canudinho de bambu", conta Said, que afirma ter aumentado sua venda em 40% desde que começou a usar o novo material. "Tenho feito isso desde o mês de julho e a maior parte das pessoas já está vindo aqui para pegar o canudinho de bambu e não o de plástico. Antes eu vendia, por exemplo, uns 150 cocos por dia. Hoje são mais de 200 e no domingo essa quantidade dobra", detalhou.

Said explica ainda que, como não há custo financeiro, apenas tempo e mão de obra, a alternativa sustentável o fez, acima de tudo, economizar. "Tira um pouco do meu tempo, mas me faz ter um canudinho bem melhor do que o que eu usava e com uma economia maior", afirma, acrescentando que não pensa em comprar mais o produto de plástico.

A novidade fez sucesso e os clientes estão levando o canudo de bambu para casa, como um brinde da barraca. "Como eu não tenho como reutilizar o canudo de bambu, já que não seria higiênico dar o mesmo para vários clientes, deixo levarem para usar outras vezes", explica Said.

Apesar de ter iniciado a produção dos canudinhos de bambu por medo da proibição dos canudos de plástico, Said tem noção de como sua iniciativa é importante para o meio ambiente. "A partir do momento que eu tiro um canudinho da rua, isso faz diferença. Eu tirando um monte, a diferença é maior ainda", ressalta, destacando que demora pouco tempo para produzir cada canudo de bambu.

PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CANUDINHO DE BAMBU

  1. Cortar o bambu
  2. Lavar adequadamente
  3. Escaldar
  4. Secar
  5. Usar (e ajudar o meio ambiente)

CLIENTES APROVAM

Vinicius Leonan, 19, é um dos clientes assíduos de Said. O estudante de História conta que conheceu a barraca por meio de uma amiga e, desde então, não deixou de frequentar.

"Eu vim aqui por causa do canudo", admite o universitário. "Uma amiga é cliente dele e me falou (sobre a novidade) e eu acho essa iniciativa muito boa, porque o canudinho de plástico demora a se decompor, então o de bambu é muito melhor. Sem dúvidas, esse é o diferencial da barraca do Said e se tornou um atrativo muito legal", avalia.

Quer conhecer a Barraca do Said? Ela fica localizada na Praça Batista Campos, em frente a uma escola particular da capital paraense, na Rua dos Tamoios, no bairro Batista Campos.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM