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Venda de refrigerantes em escolas pode ser proibida

A proposta aprovada no Senado vai agora para votação na Câmara dos Deputados

Valéria Nascimento

A venda e a distribuição gratuita de refrigerantes em escolas de educação básica, públicas e particulares, podem ser proibidas no Brasil. Decisão neste sentido foi aprovada, nesta terça-feira (30), pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 9/2017, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A proposta também torna obrigatória a impressão de alerta nos rótulos dessas bebidas sobre os males à saúde causados pelo seu consumo abusivo. Pelo rito legislativo, a proposição seguirá direto para votação na Câmara dos Deputados. 

Em Belém, o nutricionista Claudemir Barros, com atuação na rede particular de Saúde, em Belém, concorda com a decisão da Comissão de Assuntos Sociais, do Senado. "A distribuição de alimentos industrializados não deveria ser incentivada na escola, em especial, o refrigerante. Tem vários ingredientes prejudiciais à saúde em sua composição, como o excesso de açúcar, sódio, conservantes", disse o nutrólogo.

"Esses ingredientes (sódio, conservantes etc) a longo prazo podem contribuir para o surgimento de doenças metabólicas, como a obesidade, diabetes mellitus do tipo 2, hipertensão etc. Incentivar a ter uma alimentação equilibrada, balanceada, ricas em alimentos in natura como frutas, vegetais, grãos, deveria ser a base da alimentação escolar e dessa forma estimular as crianças a cada vez mais ter uma alimentação saudável e assim garantir mais saúde. É descascar mais e desembalar menos", observou Claudemir.

A empresária do setor Saúde, Paula Marques, de 37 anos, é mãe de Liz, de 5 anos. Ela concorda com a medida tomada pela Comissão do Senado, mas defende que o tema deveria ter um esclarecimento junto às famílias, e não fosse uma imposição do Legislativo que tira a opção de escolha dos responsáveis por crianças.

"Ninguém me obrigou a não dar refrigerante para a minha filha. Foi uma decisão minha. Sou a favor do esclarecimento, as pessoas deveriam ser informadas sobre os malefícios do refrigerante, que nada tem de nutricional", enfatizou Paula Marques.

A mãe de Liz, também lembrou que não basta apenas recomendar a ingestão de sucos naturais no lugar de refrigerantes industrializados. "Há situações e situações, é preciso saber a procedência da fruta, da fruta, do açúcar, e,principalmente, a quantidade de açúcar que se põe. É preciso debater essas questões com a sociedade. O Brasil tem a cultura de burlar leis, de o brasileiro dar um jeitinho, se as pessoas não são conscientes sobre a questão, elas podem não respeitar. E se os pais decidirem comprar o refrigerante e a criança levar para escola, questionou Paula Marques. 

A Redação Integrada fez contato com as secretarias públicas de Educação estadual (Seduc) e municipal (Semec), mas não teve retorno. O Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp) retornou à redação, que se posicionará a respeito do tema nesta quinta-feira (2).

 

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