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Usuários de ônibus da Monte Cristo são pegos de surpresa com paralisação de rodoviários

Ao longo da avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, foram registradas várias concentrações de pessoas nas paradas de ônibus

Fabyo Cruz

Usuários das linhas de ônibus da Monte Cristo, em Belém, foram pegos de surpresa, na manhã desta quinta-feira (7), com a falta de coletivos. Os rodoviários que atuam na empresa paralisaram às 4h. Ao longo da avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira - principal bairro atendido pela empresa -, foram registradas várias concentrações de pessoas nas paradas de ônibus sem saber do porquê da demora. E os rodoviários confirmaram que a paralisação segue nesta sexta-feira (8).

Luciano Barros, diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém (Sintrebel), é quem confirma que a capital vai amanhecer, mais uma vez, sem os ônibus da Monte Cristo nesta sexta. Até a noite desta quinta-feira, ainda não havia ocorrido uma negociação com a empresa. Os funcionários da empresa pedem pagamentos de salários atrasados, férias e benefícios trabalhistas.

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O servidor público Augusto Santos, 49 anos, foi um dos usuários que afirmaram não ter conhecimento sobre a paralisação dos trabalhadores da empresa Monte Cristo. Ele contou que estava há uma hora à espera do ônibus da linha Pedreira Lomas. “Sinceramente, eu não fazia ideia que estava ocorrendo essa paralisação. Não sou contrário a manifestação dos funcionários dessa empresa, pois acho que todo protesto e insatisfação é válido, porém eles deveriam avisar a sociedade com antecedência para dar tempo das pessoas se prepararem”, disse o usuário.

Por conta do atraso para ir ao trabalho, Augusto precisou recorrer ao transporte por aplicativo. “Agora terei um gasto que não estava previsto. Vou para um bairro adjacente, não havia necessidade de chamar um carro por aplicativo. A gente sabe que hoje em dia não é nada barato usar mais esse serviço, ainda mais quando somos pegos de surpresa. Essa paralisação prejudicou muito os usuários, acabei sabendo que não havia ônibus agora com a imprensa. Lamentável.”, desabafou.      

A concentração de passageiros que aguardavam pela chegada dos ônibus também era grande durante a manhã de hoje, em frente a uma universidade particular. A estudante de enfermagem Luzia Lisboa, 22 anos, estava há 30 minutos aguardando para retornar para casa depois da aula. Ele disse que a parada de ônibus estava cheia de gente no início do dia e a maioria das pessoas não sabiam o motivo da demora da chegada dos veículos.

“Precisei ir a pé de casa à universidade, pois a parada estava cheia e nada de chegar de ônibus. Foi bastante cansativo. Quando cheguei na sala de aula, descobri com meus colegas que o motivo da ausência de transporte era a paralisação dos trabalhadores. Agora estou bastante cansada para voltar no sol do meio dia andando para minha casa. Vou aguardar mais um pouco pela chegada de alguém ônibus que certamente virá lotado”, comentou.

Semob

Por nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) comunicou que "...as pautas apresentadas pelos rodoviários da empresa Monte Cristo, referem-se a questões trabalhistas que dizem respeito à relação empregador-empregado. Sensível ao pleito, a Semob acompanha o caso para assegurar que a empresa garanta o pronto restabelecimento da prestação do serviço, inclusive com a aplicação das devidas penalidades, e espera que as questões trabalhistas sejam resolvidas".

"Durante o período de paralisação, para não deixar os usuários desassistidos, a Semob determinou que as demais empresas, com linhas que têm itinerários sobrepostos aos da Monte Cristo, reforcem suas frotas enquanto durar a paralisação", garantiu o órgão.

Setransbel

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), também por meio de nota, informou que "...vem alertando há vários anos sobre os prejuízos decorrentes do desequilíbrio financeiro do sistema de transporte em Belém, que não é diferente do restante do Brasil. A aplicação de subsídios para equilibrar o sistema, sem onerar o preço da passagem, foi a solução encontrada por 22 capitais, que vem conseguindo manter e até melhorar a prestação do serviço".

"O desequilíbrio financeiro permanece em Belém, já que a Tarifa de remuneração calculada pelo órgão gestor em R$5,01 até o momento não está sendo complementada com subsídios ou isenções do poder público, causando um prejuízo mensal superior a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais) e impactando diretamente no cumprimento das obrigações financeiras das operadoras e investimentos em melhoria de frota", concluiu a nota do Setransbel.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa Monte Cristo.

Quais são as linhas afetadas pela paralisação?

  • Pedreira Lomas A
  • Pedreira Lomas B
  • CDP Providência 
  • Marex Arnesal
  • Sacramenta/São Brás
  • Sacramenta/Humaitá
  • Pedreira Nazaré 
  • Bernal do Couto Presidente Vargas
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Belém
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