Trabalhadores estão na expectativa para reforma da feira e mercado da Pedreira
Eles vão ser remanejados para um espaço provisório. Obras vão durar um ano
Trabalhadores da feira e do mercado da Pedreira, em Belém, estão na expectativa para a realização das obras de revitalização desses espaços. Eles torcem para que, uma vez concluídas, as obras melhorem suas condições de trabalho e, também, sejam boas para os consumidores.
A Secretaria Municipal de Economia (Secon) informou que, em decorrência das reformas que serão realizadas no Complexo da Pedreira e no Mercado da Pedreira, os feirantes serão remanejados temporariamente para as vias centrais da avenida Pedro Miranda, nos trechos entre travessas Mauriti e Angustura e da Mauriti à travessa Mariz e Barros até que as obras nestes logradouros sejam concluídas.
Nesses trechos, o trânsito nas pistas centrais da avenida Pedro Miranda será interditado. Mas, por enquanto, ainda não houve o remanejamento dos trabalhadores. Diretor do Sindicato dos Açougueiros e também integrante da comissão de trabalhadores do mercado, Adjair Freitas, 69, trabalha no local há 40 anos. “Uma expectativa muito boa de melhora de vendas, de um ambiente novo, com mais clientes”, disse. “Nosso grande temor é a volta para a feira. Temos que encontrar o mesmo espaço, com os equipamentos, que estamos deixando”, afirmou.
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"O que está nos deixando preocupados é o prazo", disse representante dos açougueiros
Adjair disse que, por enquanto, espera o momento em que os trabalhadores sejam remanejados para o espaço provisório. “O que está nos deixando mais preocupados ainda é o prazo, que é um ano (de obras). Vamos sair no verão amazônico, que é forte, e vamos permanecer 70% do tempo no inverno amazônico”, acrescentou. Ruan Carlos Maués Rodrigues, 49, trabalha no setor de industrializados (calçados) há quase 30 anos. “A expectativa é que tenhamos um conforto melhor até mesmo lá fora, com o provisório que estão fazendo. A feira precisa de uma reforma realmente, para dar um conforto melhor para os clientes”, disse.
Ruan acredita que a parceria entre trabalhadores e governo “vai resultar em ampla divulgação da feira (quando tudo estiver pronto) e amplo retorno dos clientes”. Ainda segundo ele, representantes da prefeitura disseram que os dois lados da avenida Pedro Miranda serão interditados. “Vamos ver o equipamento que vão dar para nós, para que possamos passar o tempo necessário para que a reforma seja feita e possamos voltar com dignidade. É praticamente um ano de obra, uma provisória bem demorada”, disse.
Inácio Paulo tem 53 anos e há 31 trabalha no setor de farinha da feira. “Estamos aguardando para melhorar o nosso espaço. Do jeito que está dando, não está dando. A preocupação é com os clientes. Na rua, é sol, chuva”, afirmou. Inácio disse ainda que a expectativa é que os trabalhadores sejam remanejados para o espaço provisório até setembro deste ano.
Reformas nas feiras e mercados municipais da capital
A Secon informou, ainda, que a interdição dessa parte da avenida Pedro Miranda será provisória. Ela visa garantir a continuidade das atividades econômicas dos feirantes e do abastecimento da população durante as obras em um espaço próximo aos mercados.
Além disso, a Prefeitura de Belém disponibilizará equipamentos padronizados para que os permissionários possam atuar de forma segura e dentro das regras sanitárias.
Ainda segundo a Secon, as reformas nas feiras e mercados municipais da capital fazem parte do Convênio do Governo do Estado com a Prefeitura de Belém.
O valor da reforma, disponibilizado pelo poder público, para o Complexo da Pedreira, antiga Casa do Bife, será de R$ 8.444.325,54. Já para a revitalização do Mercado e Feira da Pedreira serão investidos R$ 8.358.868,15. O prazo previsto para reformar os mercados situados no bairro da Pedreira será de 12 meses. Quanto às intervenções realizadas nesses espaços estão a recuperação das coberturas, pisos, além da recuperação dos boxes e dos sistemas elétricos e hidráulicos.
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