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Trabalhadores do 'backstage' fazem passeata por retorno de oportunidades à categoria

Na caminhada, os profissionais empurraram pela avenida Presidente Vargas os chamados 'cases'

Abílio Dantas / O Liberal

Trabalhadores dos bastidores dos shows musicais, como técnicos de som, de iluminação, e “roadies” (técnicos de apoio), realizaram passeata na manhã deste domingo (2) para reivindicar o retorno controlado das oportunidades de trabalho à categoria. Cerca de 70 profissionais saíram da Escadinha da Estação da Docas, às 10h, em direção ao Theatro da Paz, onde a ação dispersou. Na caminhada, os profissionais empurraram pela avenida Presidente Vargas os chamados “cases”, equipamentos utilizados pelo setor para guardar e transportar materiais como cabo e aparatos de som e iluminação. Nas redes sociais, o movimento foi divulgado como “passeata com cases”.

Um dos organizadores da manifestação, Júlio Silva, da União dos Técnicos do Pará (Utepa), afirma que a ação foi histórica, por ser a primeira vez que os trabalhadores do segmento realizaram uma ação conjunta em prol dos interesses da categoria. “Hoje nós realizamos um marco, pois nunca tínhamos feito nada parecido. É um marco para que daqui em diante continuemos agindo assim, de forma mais unida e coletiva”, anunciou.

Segundo o organizador, cerca de 450 técnicos fazem parte da Utepa. Depois de 130 dias parados, eles decidiram fazer algo para chamar atenção da sociedade sobre a existência da categorias e reivindicar políticas por parte do poder público. “Enquanto categoria, não recebemos um olhar do poder público. Nosso trabalho é ficar nos bastidores, sem ser vistos, por isso as pessoas não nos conhecem como conhecem os artistas, mas agora queremos que todos saibam quem somos e que também temos necessidade de trabalhar”, destaca Júlio Silva.

O iluminador Bernardinho Luz, que trabalha como técnico de iluminação há 20 anos, afirma que, apesar da Prefeitura de Belém já ter liberado shows em restaurantes com dois músicos e um técnico, os profissionais ainda não estão tendo oportunidade de trabalhar, pois os convites não estão ocorrendo. “Como o contexto é muito complicado também para os artistas, eles preferem não dividir o cachê, que já é tão raro, com os técnicos. Então não estão nos chamando. Penso que os shows deveriam retornar de forma mais ampla, ainda que com a capacidade das casas de show reduzida em 50%”, sugere.
O decreto que autoriza apresentações musicais em restaurantes, com restrições, foi publicado no dia 27 de julho.  Ficou permitida a apresentação musical ao vivo ou mecânica, no caso de contratação de DJ. O funcionamento de bares continua proibido.

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