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Praia do Marahu, em Mosqueiro, sofre com inundações; prefeitura busca solucionar pontos críticos de

Nesta terça-feira (21), visitas técnicas são realizadas nas praias de Marahu e Paraíso

Fernando Assunção
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Todas as regiões de praia da Ilha de Mosqueiro foram atingidas, na última terça-feira (21), por fortes volumes de água, em função das correntes de vento, chuvas e da alta das marés, fenômenos naturais que ocorrem nos meses de março e abril, período popularmente conhecido como inverno amazônico. A praia do Marahu também esteve na rota das marés com seus 800 metros de extensão. Nesse dia, a maré atingiu 3,6 metros, segundo informou a Prefeitura de Belém, por meio da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos). 

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A Admos, porém, informou que “não registrou ocorrência de inundações na área. E, não cabe a este órgão municipal ou a Prefeitura de Belém, os registros dessa natureza. Por outro lado, a PMB vem dando prosseguimento à série de vistorias nas áreas de erosão costeira com o objetivo de prevenir acidentes com moradias e pessoas, além de providências de estudos para construção de muros de arrimo ou barreiras de contenção para evitar o avanço da erosão.”

No mesmo dia, a Prefeitura de Belém realiza, nesta terça-feira (21), visitas técnicas nas praias do Marahu e Paraíso, no distrito de Mosqueiro, para vistoriar pontos críticos de erosão, com queda de barrancos provocada pelas forças das marés. A ação faz parte de uma agenda de vistorias no distrito, que começou na segunda-feira (20), e busca soluções para recuperar as áreas afetadas.

Mosqueiro tem dezenas de áreas que sofrem erosões costeiras provocadas pelas influências de marés - que neste período de inverno amazônico chegam a quase quatro metros de altura. As áreas mais atingidas se encontram nas praias Grande, Marahu, Porto Arthur e Bispo. Nesta última, há quase dois anos, um buraco de dez metros de altura se abriu na pista da avenida Beira-Mar, causando o isolamento do local.

Segundo a geóloga Íris Bandeira, do Serviço Geológico do Brasil, que em 2021 iniciou estudos técnicos sobre a temática, no caso da Praia do Bispo, o relatório que será elaborado a partir das novas visitas vai descrever a situação atual de pós-desmoronamento, levando em consideração a altura e a inclinação do terreno.

“Nesse trecho, observamos que a água está chegando com muita força e vem por baixo do muro de arrimo, além das árvores de médios e grandes portes que também colaboram para o avanço da erosão”, explicou Íris. “Mas é importante dizer que a contenção do trânsito manteve a área em sistema de risco moderado, ou seja, não cresceu no período de 12 meses”, completou a geóloga.

Soluções

De acordo com o engenheiro civil e diretor da Assessoria Técnica (Atec) da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Alcides Neto, uma solução segura e técnica para o problema é a contenção das encostas. Ele explica que, após a finalização do relatório e comparações com documentos anteriores, será elaborado o processo de licitação para contratação de empresas especializadas em projetos de engenharia e de construção da obra. A previsão é que os trabalhos estejam concluídos num período de três meses.

“Noventa dias é um prazo regimental, porém, vamos estudar a possibilidade de acelerar esse processo, reduzindo esse tempo e devolvendo para Mosqueiro as áreas totalmente recuperadas”, completou Alcides Neto.

Expectativa

Para comerciantes da Praia do Bispo, que tiveram sua renda diretamente afetada pelo isolamento do local há dois anos em decorrência dos riscos de desabamento, a expectativa é que o programa seja solucionado.

“Estamos há quase dois anos sendo impactados e com grandes prejuízos, em função do fechamento do trânsito na avenida Beira-Mar, na área da Praia do Bispo. Eu espero que, agora, a situação seja resolvida e a gente possa reabrir nossos comércios com grandes possibilidades de renda para todos”, disse o comerciante da área de eventos e engenheiro florestal, Edmilson Santos.

A ação conta com a Seurb, Defesa Civil Municipal, Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) e Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia.

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