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Ponte de Outeiro: Queda de pilar completa dois meses com desafios para moradores

Expectativa de usuários é que a ponte seja consertada o quanto antes

O Liberal
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Há cerca de dois meses, em 17 de janeiro deste ano, a ponte de acesso ao Distrito de Outeiro teve um pilar de sustentação destruído ao ser atingido por uma embarcação. Desde, então, a travessia de moradores e visitantes desse perímetro de Belém não tem sido nada fácil, em que pese ações do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal para garantir o transporte por meio de balsas, lanchas e navios e, como outra opção, a circulação de pedestres, motociclistas e ciclistas na estrutura da ponte avariada (desde 21 de fevereiro).

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No entanto, o desafio da travessia exige muito dos usuários. Ainda nesta quarta-feira (16), na área da travessia para Outeiro na rua 2 de Dezembro (7ª Rua) com a travessa do Cruzeiro, no Distrito de Icoaraci, usuários relataram a situação atual.

"Eu moro no Outeiro e trabalho em Icoaraci e Cotijuba. Eu espero cerca de 30 minutos para fazer a viagem. O sufoco é grande, e eu espero que se conserte logo a ponte", assinalou o professor Bernard Freire, 34 anos.

A viagem de balsa dura em média dez minutos. Bernard disse que na terça-feira (15) a rampa do trapiche para a travessia precisou ser  recuperada, e, então, o serviço nas embarcações foi suspenso de 15 às 19h30. Do final da tarde até as 5h, ou seja, à noite e de madrugada, 450 carros, 20 ônibus, até 60 caminhões e cerca de 800 pessoas são transportadas em duas balsas na travessia. Quando ocorre maré alta, esse transporte fica impossibilitado.

Oportunidade 

Para a moradora de Icoaraci, Ana Karoline Santos, 29 anos, a situação acaba gerando oportunidade para obter renda."Há dois meses, desde o começo, eu vendo lanches aqui nas balsas.Como estou desempregada, essa é uma oportunidade para ter uma renda. E eu vejo a agonia das pessoas na ida e volta para o trabalho, principalmente quando ocorre algum problema", destacou Ana Karoline, mãe de dois filhos.

image Para a vendedora Fernanda Moraes, a travessia de balsa acaba gerando renda para sustentar a família (Foto: Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Morador de Outeiro, o empresário de panificação Emanoel Linhares, 43 anos, disse que "o que mais atrapalha é a desorganização, como parar uma balsa e só ficar uma funcionando e também reforçar trapiche na hora do pique, como ontem (15); eu cheguei aqui no porto às 15h e saí às 19h30".

Esperança de conserto da ponte

Na travessia temporária para pedestres e veículos leves na ponte, muita gente desce do ônibus na volta para o Outeiro e, ou apanha um ônibus de graça do outro lado da travessia, ou um mototáxi ou ainda, sem dinheiro, volta caminhando pelos cerca de 600 metros da estrutura e vai para casa. 

A vendedora Fernanda Moraes, 25 anos, mora em Outeiro e trabalha na Pedreira. Como os Correios não entram no distrito, ela estava com sacolas grandes esperando por um mototaxista para uma corrida de R$ 8 para ir até a casa dela. "Antes, na balsa, eu chegava no trabalho às 12h e, na volta, em casa, às 22h", contou.

"Eu espero que a ponte seja consertada, porque com o aumento do preço da gasolina, tudo aumentou", acrescentou.

Como Fernanda, a dona de casa Adriana Gonçalves, 38 anos, anda sobre a ponte para ir e vir para casa em Outeiro. Nesta quarta, ela e um filho de 11 anos tiveram de caminhar desde a casa dela, na Água Boa, cruzar a ponte para chegar em Icoaraci.

Atuação do Governo do Estado

A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) informou nesta quarta-feira (16) que a obra de reconstrução da ponte do Outeiro ocorre dentro do cronograma previsto (para este ano). "A obra da ponte encontra-se na fase de instalação de fundações do novo mastro. Em relação à travessia na ponte em obras, a Setran informa que continua liberada para pedestres, ciclistas e motociclistas. A Setran informa ainda que para a segurança da população, a liberação de tráfego de veículos leves somente será feita após a construção do mastro central, e posterior testes de carga da estrutura da ponte" comunicou a Secretaria.

Fiscais da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará (Arcon) atuam na organização da travessia para Outeiro. "Ao todo, estão sendo disponibilizados para a travessia: dois ferryboats, dois navios, 2 catamarãs e 1 lancha rápida para suprir emergencialmente as necessidades de transporte para a ilha do Outeiro. As viagens diárias das embarcações, incluindo os finais de semana, no sentido Outeiro-Belém, saem nos horários das 5h30 e às 06h30. As lanchas rápidas no sentido Outeiro-Icoaraci-Outeiro iniciam às 5 h. A última lancha Icoaraci-Outeiro sai às 23 h", informou a Setran.

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