Passageiros cobram melhorias no transporte para Mosqueiro e organização no terminal de São Brás
Eles pedem mais ônibus e que os veículos passem naquele terminal em um período menor de tempo

Passageiros que viajam para Mosqueiro, saindo do terminal localizado em São Brás, cobram melhorias no transporte para a ilha, que é distrito administrativo de Belém. Eles pedem mais ônibus e que os veículos passem pelo terminal em intervalos menores. Atualmente, a média de espera é de 20 minutos. Desde março deste ano, o embarque para Mosqueiro ocorre na praça José Sidrim, na avenida Almirante Barroso, esquina com a avenida Ceará.
O pedreiro Marcelo Melo, 54 anos, aguardava o embarque para Mosqueiro na manhã ensolarada desta sexta-feira (11). Ele comentou os principais problemas enfrentados pela população. “O que precisa melhorar? Principalmente os ônibus. Tem que melhorar muito, né? E o respeito à população, que não tem”, disse. “A gente está aqui todos os dias, pegando ônibus para ir e vir. Saio de casa 4h30 da manhã para trabalhar e chego em casa 10 horas da noite, praticamente. Não tem nenhum respeito por nós. Senhor prefeito, precisa melhorar muito o transporte coletivo”, afirmou.
Ele também se queixou do tempo de espera para embarcar. “Olha, já estamos aqui há mais de 25 minutos esperando o ônibus, e isso em plenas férias. Ainda bem que tem essa cobertura (da parada de ônibus) para nos proteger. Se não tivesse, estaríamos no sol”, observou.
“Então, senhor prefeito, tenha mais compaixão pela gente. Venha visitar aqui, venha ver Mosqueiro com os próprios olhos. Mosqueiro está abandonada. É ônibus de meia em meia hora. O senhor prometeu que ia melhorar o transporte de Mosqueiro, mas, até agora, nada”, completou. Marcelo também deseja que os ônibus tenham mais frequência e agilidade no terminal. “Deveria ter ônibus saindo a cada cinco minutos, praticamente. Porque nós somos seres humanos e precisamos ir e vir para Mosqueiro”, afirmou.
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"Cadê a fiscalização", questiona passageiro
Sobre a fiscalização e organização no terminal de São Brás, ele também foi crítico: “Está péssimo. A fiscalização está péssima. Não tem ninguém aqui. Ano passado, nessa época, havia fiscalização. E este ano? Cadê os homens? Cadê a fiscalização? Estamos praticamente abandonados. Não tem ninguém para nos defender aqui”.
Dário dos Santos Júnior, 39 anos, trabalha com serviços gerais e também utiliza diariamente o transporte entre Mosqueiro e Belém. “Como eu trabalho aqui em Belém todos os dias, a principal melhoria deveria ser o transporte público. Quando venho de lá para trabalhar, eu e muitas pessoas que também trabalham aqui enfrentamos ônibus lotados, e eles não param (para apanhar mais passageiros). E, como uso o digital, às vezes tenho que tirar dinheiro do próprio bolso. E eu já ganho pouco – só um salário (mínimo)”, contou.
“Aí tenho que pagar um carro com ar-condicionado, que cobra de R$ 10 a R$ 20. Muitas vezes, a gente não tem esse dinheiro para pagar essa passagem”, disse. Dário também destacou a precariedade no atendimento em algumas áreas: “No bairro Baía do Sol, em Mosqueiro, por exemplo, só há duas linhas de ônibus. Se perder aqueles dois, só se tiver dinheiro para pagar transporte alternativo”, afirmou.
Sobre o terminal de São Brás, ele aponta os mesmos problemas: “Aqui, para melhorar, é preciso mais segurança. Muitas pessoas já foram roubadas. A gente não pode nem mexer no celular. E também falta organização. Os fiscais deixam tudo à mercê. Às vezes, até o rapaz que vende o digital é quem tenta organizar a fila. Mas, mesmo assim, o pessoal não respeita. Não tem respeito nenhum aqui nesse terminal”.
Em relação aos ônibus, Dário concorda com Marcelo. “Precisam passar com mais rapidez e mais frequência, tanto para ir quanto para voltar. O prefeito prometeu, junto com os vereadores, que, se ganhasse, manteria o transporte funcionando bem e colocaria ônibus novos. Porque precisa de ônibus novos também. Tem que tirar esses que estão velhos, sucateados. Às vezes, quebram no meio do caminho: motor, pneu, tudo. Esses ônibus já não dão mais conta”, completou.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Prefeitura de Belém e aguarda retorno.
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