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Moradores de 23 bairros da Grande Belém vão amanhecer sem água

A Cosanpa também acrescentou que "o serviço é importante para a retirada do vazamento na junta de dilatação da adutora"

Eduardo Rocha

Moradores de 23 bairros em Belém e Ananindeua vão começar o dia sem água nas torneiras nesta sexta-feira, 25. O problema foi detectado na noite da última quarta-feira (23), quando houve um vazamento de água na avenida João Paulo II, entre as avenidas  Dr. Freitas e Perimetral, no bairro do Curió-Utinga, por conta do rompimento de uma adutora externa de grande porte da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Ao longo da madrugada desta sexta, técnicos do órgão fazem os reparos da estrutura, mas, para que o serviço seja executado será necessária a interrupção do fornecimento de água para boa parte da Grande Belém. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos nas primeiras horas da manhã desta sexta, quando haverá o retorno gradativo do abastecimento.

O trecho em que funciona a adutora encontra-se em obras de drenagem coordenadas pela  Prefeitura de Belém. O vazamento da tubulação provocou alagamentos na área ao longo do dia e causou transtornos aos moradores do perímetro.

Em nota emitida na manhã de quinta-feira (24), a Cosanpa comunicou que haveria uma interrupção para reparo na adutora da avenida João Paulo II e que os seguintes bairros seriam atingidos: Batista Campos, Jurunas, Guamá, Cremação, Condor, Marco, Souza, Curió-Utinga, São Brás, Fátima, Canudos, Pedreira, Terra Firme, Telégrafo, Sacramenta, Barreiro, Marambaia, Souza e Val de Cans e Coqueiro, em Belém, e mais Atalaia, Guanabara e os Conjuntos Cidade Nova e Guajará, em Ananindeua.

Os reparos começaram às 23h da quinta-feira (24) e devem seguir até as 6h da sexta (25).

TRANSTORNOS

Por conta do vazamento, o trânsito ficou lento no trecho da avenida João Paulo II que fica entre as avenidas  Dr. Freitas e Perimetral. Ruas próximas ficaram alagadas. Segundo moradores da comunidade, esta é a segunda vez em menos de 15 dias que acontecem vazamentos no local.

"Tem mais ou menos duas semanas que eles estiveram aqui para consertar um vazamento. Agora tem mais um. Quem fica prejudicado somos nós", reclama Paulo Oliveira, de 46 anos. "Depois que começou essa obra ficou tudo entupido por aqui. Não tem para onde a água escoar. Ou seja, tudo fica alagado", acrescenta.

Até as 11h de quinta-feira, no período em que a reportagem da Redação Integrada O Liberal esteve no local, ainda não havia faltado água na área da adutora. O vendedor de frutas Alvaristo Monteiro contou à reportagem que costuma faltar água todos os dias no período da tarde e que normalmente o abastecimento só é retomado à noite. Mas, por conta do vazamento, ele teme que esse prazo possa ser mais longo. "Até agora ainda tem água. Está fraca, mas tem. Mas com esse serviço aí, nem sabemos a hora que ela deve voltar", ressalta. 

ADUTORA

A Cosanpa informou que “o trecho aéreo da adutora da Avenida João Paulo II até a Doutor Freitas tem 1,5m de diâmetro, 2 km de extensão e capacidade de vazão média de 12.800m³/hora. “Inúmeras circunstâncias podem causar vazamentos, entre elas a falta de manutenção durante o longo período em que a Cosanpa ficou 'abandonada' pela antiga gestão e o fato da área estar passando por obras, que também pode afetar a acomodação do solo e, consequentemente, a estrutura da adutora. Esse equipamento distribui água para diversos reservatórios que atendem 8 setores de Belém e 7 em Ananindeua”, informou a Companhia.

A Cosanpa também acrescentou que "o serviço é importante para a retirada do vazamento na junta de dilatação da adutora, que tem a função de proteger a rede contra dilatações quando ocorre alguma interferência na adutora”. Após a conclusão do serviço, prevista para as 6 horas desta sexta (25), abastecimento deverá ser normalizado gradativamente.

DIFÍCIL

Há oito anos, o restaurante Clube do Espeto Grill, localizado na avenida Duque de Caxias, bairro do Marco, dispõe de três caixas d'água com capacidade para mil litros, cada uma, e ainda uma cisterna, que armazena água para eventuais imprevistos. Ainda assim, segundo a gerente Valéria Silva, o estabelecimento tem trabalhado no limite por conta das constantes suspensões no abastecimento de água.

"Atrapalha muito. A água é essencial na produção dos alimentos. Temos ainda a churrasqueira, o serviço de bar, a lavagem das louças, são dezenas de copos que precisam ser higienizados. Não chegamos a suspender o serviço, mas nas últimas semanas tem sido bem difícil'', observou Valéria.

Dono de uma pizzaria instalada na frente da própria casa, na avenida Antônio Everdosa, bairro da Pedreira, Jardel Ulisses Freire dos Santos foi obrigado a interromper as atividades na semana passada porque não havia água para preparar a massa das pizzas. "Eu sustento minha família com essa venda, ainda mais nesse momento, em que tudo aumentou de preço - a energia elétrica, muitos materiais que usamos na produção das pizzas, como o queijo - , ficar um dia que seja sem trabalhar para mim é um grande prejuízo. Minha filha é uma bebê cadeirante, há despesas extras por isso também. Realmente ficar sem água não dá, ainda mais nesse momento de pandemia em que a água é essencial'', ressalta Jardel.

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