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Paralisação de rodoviários da Monte Cristo chega ao fim após acordo neste sábado (18)

Movimento dos trabalhadores durou toda esta sexta-feira (17) e encerrou após um voto de confiança de que todos os débitos serão pagos na terça (21)

O Liberal
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A paralisação dos rodoviários da Monte Cristo chegou ao fim na manhã deste sábado (18). Após uma reunião de conciliação entre os trabalhadores e proprietários da empresa, a categoria decidiu confiar na proposta apresentada: quitação dos salários, tíquete-alimentação e férias em atraso até terça-feira (21). Até lá, a operação das oito linhas, que atendem cerca de 10 mil passageiros diariamente, já está normalizada.

Desde 2019, os rodoviários da empresa vêm fazendo várias paralisações pelos mesmos motivos da manifestação que iniciou nesta sexta-feira (17). Os rodoviários então negociam com a empresa e meses depois os problemas voltam a ocorrer e os trabalhadores param novamente. As linhas operadas são: CDP - Providência; Pedreira - Lomas (linhas A e B); Pedreira -Nazaré; Sacramenta - Humaitá; Sacramenta - Presidente Vargas; Sacramenta - São Brás; Marex - Arsenal.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém (Sintrebel) comunicou que a categoria, composta por cerca de 700 funcionários, já está trabalhando novamente e que um "voto de confiança" foi dado porque os proprietários da empresa Monte Cristo assumiram o compromisso de sanar as pendências. Caso nada seja solucionado até terça, uma nova paralisação pode ocorrer.

"Reflexo do desequilíbrio financeiro", diz Setransbel

Em nota divulgada nesta sexta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) comunicou que "...a paralisação é reflexo do desequilíbrio financeiro que todas as empresas têm passado, e o descaso com o setor que tem como única fonte de receita a tarifa. Sem o reajuste nos últimos 30 meses, e os sucessivos aumentos de custos do diesel, mais de 60% no período, além do aumento dos salários dos rodoviários, a situação fica insustentável".

"O Setransbel ressalta ainda que sem um equilíbrio econômico financeiro em atualização tarifária, subsídio ou desoneração, não haverá condições de prestar o serviço adequado. O sistema de transporte hoje não tem condições sequer de capacidade de pagamento aos custos atuais. Com a inflação em disparada, os gastos com o diesel, por exemplo, aumentaram 51%, custos esses que somados aos salários correspondem a 80% dos custos operacionais. E que, ainda assim, foram concedidos dois aumentos salariais (5,07% em maio 2019 e 2,5% em outubro 2021), sem qualquer repasse na tarifa", dizia a nota.

Por fim, a nota diz: "O Setransbel se solidariza ao momento atual da economia, entretanto, o colapso financeiro das empresas do setor no Brasil é iminente, em especial nas cidades onde o sistema é custeado exclusivamente pela receita auferida pelo pagamento da passagem, como ocorre no município de Belém e Região Metropolitana".

 

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