Paraenses comentam eleição do Papa Leão XIV e veem desafios e esperança em um pontificado americano
Fiéis em Belém refletem sobre a escolha do novo Papa, o norte-americano Leão XIV, e falam das expectativas diante de possíveis mudanças no legado de Francisco

A eleição do cardeal norte-americano Robert Prevost como o novo Papa Leão XIV marca uma nova etapa na história da Igreja Católica. A nomeação de um pontífice dos Estados Unidos, pela primeira vez na história, levanta reflexões entre os fiéis paraenses sobre os rumos da Igreja diante de um mundo polarizado e de grandes desafios geopolíticos.
Entre os católicos de Belém que frequentam a Basílica Santuário de Nazaré, há uma mistura de expectativa e esperança de que o novo Papa mantenha viva a mensagem de amor, inclusão e diálogo promovida por Francisco, ao mesmo tempo em que imprima sua marca num momento em que a Igreja precisa continuar próxima dos pobres, das minorias do restante dos povos.
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Durante a tarde desta quarta-feira (8) os sinos da Basílica tocaram por mais de cinco minutos e quem estava ao redor do local soube que se tratava de um momento muito importante para a comunidade católica de todo o mundo. A dona de casa Emília Melo, de 58 anos, estava lá e comentou sobre a nova liderança da igreja.
“Espero que o Papa Leão XIV continue essa missão de estar com os mais humildes. Ser americano pode ser um desafio, porque lá é outra realidade, mas se ele tiver o coração aberto, Deus vai mostrar o caminho", disse. .
Já o auxiliar administrativo, Ruan Lima, de 27 anos, aproveitou o intervalo do trabalho para visitar a igreja. Ele também comentou sobre a escolha do pontífice.
“Quando vi que o novo Papa é dos Estados Unidos, fiquei surpreso. A gente espera que isso não afaste a Igreja das causas sociais e da luta por justiça. O mundo precisa de líderes espirituais que escutem o povo e defendam quem mais sofre. Espero que ele siga o exemplo de Francisco, que era firme, mas muito humano", comentou.
De acordo com o bancário Vitor Camões, de 39 anos, o papado de leão XIV transpassará fronteiras.
“O Papa sendo americano me deixou dividido. Ao mesmo tempo que pode trazer uma visão moderna, temo que ele fique mais alinhado a interesses políticos ou econômicos. Mas a Igreja é maior que um país. Se ele for guiado pelo espírito santo, pode sim surpreender e fazer um pontificado forte, de renovação.”
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