Pará tem 14 municípios na pesquisa do MS sobre saúde bucal lançada nesta sexta (11)

A partir deste mês, mais de 50 mil moradores de 422 municípios serão examinados

O Liberal
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O Pará conta com 14 municípios na pesquisa sobre saúde bucal que o Ministério da Saúde (MS) lançou nesta sexta-feira (11), em Brasília (DF), a ser realizada de fevereiro até junho deste ano. Como repassa o MS, esse é o maior levantamento sobre o tema já feito no Brasil, e o investimento total na pesquisa, feito pela Secretaria de Atenção Primária, é de R$ 4 milhões. 

Ao todo, serão consultados mais de 50 mil moradores de 422 municípios, incluindo Belém, Abel Figueiredo, Ananindeua, Barcarena, Cametá, Castanhal, Jacundá, Marabá, Monte Alegre, Paragominas, Parauapebas, Santarém, São Miguel do Guamá e Tucuruí.

O foco do trabalho – terceira edição da pesquisa SB Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde Bucal -- é analisar a saúde bucal e identificar as principais doenças ou problemas odontológicos da população e, assim, subsidiar políticas públicas. A partir deste mês até junho, a pesquisa entra na etapa de coleta de dados, começando pelas capitais brasileiras e alcançando, posteriormente, o interior.

image Lançamento da pesquisa contou com gestores governamentais e de entidades de classe (Foto: Myke Sena / MS)

O secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, destacou os créditos extraordinários do governo federal para a saúde bucal durante a pandemia e a importância do pré-natal odontológico, que é um dos indicadores do programa de financiamento da APS, e que aumentou em 16% de 2020 a 2021. “Toda gestante do Brasil tem que ter pelo menos uma consulta odontológica”, defendeu o obstetra, lembrando que infecções dentárias oferecem riscos, inclusive de parto prematuro.

Já a representante da Organização Pan-Americana (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross, ressaltou o protagonismo do País na temática. “Nem todos os países têm um SUS, como o Brasil, que é tão abrangente, com programas que realmente trabalham pelo bem-estar de nossas populações, sem deixar ninguém para trás”, lembrou.

Pesquisa 

O MS informa que a SB Brasil se baseia na busca ativa: a equipe de campo vai até a casa das pessoas para fazer a avaliação bucal. No total, serão examinados 50,8 mil moradores de 422 municípios (a maior amostra entre todos os levantamentos já feitos). A pesquisa nacional é feita a cada 10 anos e, inicialmente, estava prevista para ser realizada em 2020, mas precisou ser adiada em decorrência da pandemia de Covid-19. 

Serão coletados dados socioeconômicos, por meio de questionário, seguido da avaliação da saúde bucal, com um exame físico, de pessoas das seguintes idades: 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Assim, são identificadas as necessidades e agravos bucais mais prevalentes. Esse trabalho é realizado por equipes de campo compostas por 2,5 mil profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o Brasil. Os agravos identificados terão estimativas por estados, capitais e regiões de municípios do interior. 

Essa edição inovou em relação aos levantamentos anteriores por ter usado ferramentas digitais no treinamento da equipe de campo, o que reduziu a necessidade de deslocamentos presenciais. O material desenvolvido está disponível para uso e apoio aos municípios e estados que desejem realizar as próprias pesquisas. Além disso, cada unidade federativa terá um panorama de saúde bucal próprio.

Agravos

Por meio do levantamento, são verificadas a prevalência de agravos de saúde bucal (como dentes cariados, perdidos e obturados, doenças periodontais, necessidade de próteses dentárias, aparelhos ortodônticos, condições da oclusão e traumatismo dentário), condições de acesso, principais serviços acessados, periodicidade da visita ao dentista, ocorrência de episódios agudos de agravos bucais, impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida e outras necessidades dentárias. 

Essas informações viabilizam a proposição de políticas públicas e estratégias (nas esferas nacional, estaduais e municipais), assim como o monitoramento e avaliação das estratégias em curso da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), e marca a continuidade de pesquisas realizadas em 2003 e 2010, consolidando uma série histórica. Também oferecem condições de avaliar a evolução das condições de saúde bucal longitudinalmente e comparando com outros países.

A SB Brasil tem a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como instituição técnica responsável, e conta com apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), de universidades e institutos de pesquisa em saúde pública, do Conselho Federal de Odontologia (CFO) e de instituições representativas da área de odontologia no País.

Guia e Censo

Ainda nesta sexta (11), o  MS fez mais dois lançamentos. Um deles é o da segunda edição do Guia de Orientações para Atenção Odontológica no Contexto da Covid-19. O material serve para orientar gestores e profissionais na organização dos serviços de saúde bucal no contexto da pandemia e atualiza o guia de 2020 com base em novas evidências científicas disponíveis, considerando o cenário epidemiológico mais atual.

Também foi anunciado o Censo Demográfico da Força de Trabalho Odontológica no Brasil. A pesquisa visa descrever o perfil dos trabalhadores da área de odontologia, considerando as cinco categorias profissionais regulamentadas hoje: cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares em saúde bucal e técnicos e auxiliares em prótese dentária. Os resultados também mostrarão qual a distribuição e as potencialidades da força de trabalho em saúde bucal no País. O censo será desenvolvido pelo Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ), em parceria com o CFO e a Opas. O Ministério da Saúde investiu R$ 500 mil na ação.

 

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