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Pará não tem novos casos de raiva em caninos e felinos desde 2011

Adepará interioriza trabalho de prevenção para erradicar doença

O Liberal

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará não registra casos da raiva animal em caninos e felinos desde 2011. Em 2022 foram notificados dois casos de raiva animal em quirópteros.

Além disso, a secretaria informa que não houve nenhum caso de raiva humana em 2019, 2020, 2021 e 2022. Já em 2018 houve um surto da doença com 10 casos no município de Melgaço, região do Marajó.

Para seguir com o trabalho de erradicação da raiva, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) segue realizando ações de vigilância para prevenir a raiva dos herbívoros. O trabalho agora está focado em Itaituba, sudoeste paraense. O objetivo do trabalho é fazer a busca por animais com sintomas sugestivos da doença, mortes suspeitas e agressões por morcegos hematófagos.

image Prefeitura segue calendário vacinal contra raiva humana
Iniciativa foca em pessoas expostas a agressões de animais

Só em 2022 o órgão já inspecionou 495 propriedades rurais em toda a região. Destas, 138 tiveram vigilância focada em raiva dos herbívoros. As atividades educativas do órgão e o monitoramento também se estenderam para os municípios de Jacareacanga e Rurópolis. No último foi registrado a única suspeita clínica da doença. O material biológico foi coletado e o laudo deu resultado parcial negativo para a raiva.

Já em 2021, houve suspeita de casos em Itaituba, com laudo final negativo, além de quatro focos em Aveiro, que foram trabalhados e saneados, incluindo a visita a 275 propriedades rurais da região afetada, com ações de educação sanitária, monitoramento de abrigos de morcegos, vacinação de animais e busca ativa de novos casos.

O médico veterinário Glaucio Galindo, gerente do programa estadual de controle da raiva dos herbívoros da Adepará, afirma que ações realizadas de forma conjunta são estimuladas.

“Estas ações conjuntas são bem vindas não somente para otimização de recursos bem como, para o gerenciamento e resolução de possíveis agravos à saúde humana e animal” e que o treinamento é indispensável.

“Para realizar o trabalho de campo, os técnicos da Adepará são capacitados e vacinados. Existe todo um protocolo que deve ser seguido para que os fiscais e agentes agropecuários realizem as ações com segurança”, assegura o fiscal.

Na região de Itaituba, a Adepará localizou e cadastrou abrigos não naturais de morcegos, como casas abandonadas onde, basicamente foram capturados morcegos não hematófagos, no entanto, exemplares hematófagos também foram capturados e tratados.

Até o momento, segundo a Agência, não houve registro de mortalidade de animais de produção. Foi feita investigação na região e não foi relatado suspeita de animais com sintomas de doença nervosa, não sendo necessário coletar encéfalo de animais para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC).

A vacinação contra a raiva dos herbívoros é obrigatória em 50 municípios da jurisdição das regionais da Adepará em Abaetetuba, Castanhal, Capanema e Capitão Poço. Em 2022, a imunização ocorreu de 01 de janeiro até 31 maio e ainda foi prorrogada até 30 junho. No Pará, a vacinação obrigatória foi instituída pela portaria Nº 8272/21, de 22 de dezembro de 2021, devido à recorrência de focos em algumas regiões do estado. A portaria determina a vacinação anual do rebanho bovino, bubalino, caprino, ovino e equídeo.


No Brasil, o principal transmissor da raiva para os herbívoros é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. Ele se alimenta de sangue e encontra fonte de alimentação em polos produtivos de animais. Com alimento e abrigo, a população do morcego transmissor aumenta desordenadamente. Dessa forma, faz-se necessário o controle populacional desse mamífero.

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