Na homilia deste domingo (21), o padre Cláudio Pighin reforça a presença de Deus na vida cotidiana
"Seremos tanto mais humanos quanto mais fizermos a experiência de Deus em nossas vidas", diz o religioso
Na homilia deste domingo (21), no quarto domingo do tempo comum, o padre Cláudio Pighin reforça a presença de Deus na vida cotidiana. "A palavra de Deus deste domingo não se preocupa em focalizar um drama familiar, tanto menos os sentimentos humanos dos protagonistas. O que realmente interessa é mostrar a verdadeira identidade de Jesus. Quem é ele?", começa o religioso.
"O descendente de Davi de modo extraordinário, salvador do povo dos seus pecados, o filho de Deus que nasceu de Maria. José tem dificuldades para reconhecer esta ação divina na vida dele. Também nós não somos isentos dessa desconfiança. Como superá-la?", continua. O padre explica que José soube escutar a palavra de Deus por meio da mediação do anjo que esclareceu todo o mistério. "Assim também nós podemos superar as nossas desconfianças em relação às mensagens de Deus na nossa vida através da sensibilidade de interpretar as mediações que acontecem conosco. Deus se revela através de mediações", disse.
E acrescentou: "Acordados ou dormindo, podemos fazer momentos de intensa mediação. Saber ouvir e estar atentos à ação de Deus são também oração. Isto ninguém pode nos proibir, depende da gente. Aliás, o ser humano pode enriquecer a sua vida de modo pleno, fazendo esse tipo de experiência. De fato, José conseguiu valorizar a própria vida e de Maria através desta abertura ao Deus com a mediação do anjo. Também nós nos tornaremos mais humanos na medida em que nos abrirmos a essas mediações divinas".
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Ainda segundo o padre, seremos tanto mais humanos quanto mais fizermos a experiência de Deus em nossas vidas. "De outro jeito, como poderíamos fazer uma experiência de um Deus que está conosco? Depois dessa experiência forte, José não teve medo de receber Maria na sua casa. Assumiu as suas responsabilidades habilidade e a sua missão. Também nós podemos fortalecer as nossas missões e decisões através de um Deus que está conosco. O desespero das pessoas, os desânimos, os conflitos, as preocupações, as inseguranças, o estresse, a divisão. Tudo isto não são por acaso os sinais de um Deus que está longe de nós? O nosso Deus é Emanuel. Isto é, o Deus que está conosco. Não temos palavras suficientes para demonstrar esta tão grande proximidade do nosso Deus. Deus não deve mais ser buscado, mas acolhido. É Deus que vem ao nosso encontro e não vice-versa".
Acrescenta o padre Cláudio Pighin: "Isto significa: é com ele, é como ele vamos ao encontro de todas as pessoas. Com o nosso Deus, Jesus, não se vive mais por Deus, mas se vive de Deus na prática. É um Deus que pede de ser acolhido para partilhar a vida de todos nós e, assim, nos testemunhar a capacidade de amar e compartilhá-lo com toda a humanidade. Esse Deus, conosco, nos encoraja a ter uma vida original de amor e doação que abre novos horizontes de vida, uma nova humanidade. Feliz Natal".
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