Museu das Amazônias realiza Fórum de Justiça Climática em parceria com o Museu das Favelas, em Belém
O evento é gratuito e discutirá as interseções entre Amazônia, periferia e crise climática nos dias 16 e 17 de outubro, em Belém

O Museu das Amazônias realiza o Fórum de Justiça Climática, em parceria com o Museu das Favelas, de São Paulo, no Porto Futuro II, nos dias 16 e 17 de outubro. O evento promoverá conversas sobre justiça territorial, cultura e comunicação como meio de combate à crise climática, reunindo lideranças, artistas, comunicadores e pesquisadores. Com o tema central “Periferias, florestas e futuros do Sul Global”, as inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas no local.
O Fórum de Justiça Climática é mais uma programação do Museu das Amazônias que se relaciona com o debate sobre clima, territórios e culturas do Sul Global. Neste caso, o evento destaca narrativas insurgentes e soluções comunitárias propostas por regiões periféricas.
O objetivo do fórum é promover um espaço para que vozes de grupos periféricos sejam ouvidas sobre os problemas sociais e climáticos, além de soluções propostas por esses grupos. Dessa forma, surgiu a ideia de unir o propósito do Museu das Amazônias com o Museu das Favelas, a fim de potencializar vozes periféricas de várias regiões do Brasil, incluindo a Amazônia.
Programação
Nos dois dias, haverá programação pela manhã e pela tarde. No dia 16 de outubro, às 10h, o público poderá assistir a um debate sobre urbanização, racismo ambiental e crise climática, com os seguintes convidados: Aline Meiguins, professora e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Estudos e Modelagem Hidroambientais (UFPA), e Ana Luiza de Araújo (Movimento Tucunduba Pró Lago Verde | PA). A mediação é de Andrey Leão (Arte-educação – MAZ).
Às 14h, a mesa-redonda abordará reflexões sobre arte, cultura e imaginação e contará com os convidados: Ursula Vidal (secretária de Cultura do Estado) e Jeft Dias (Psica). A mediação é de Jairo Malta, curador do Museu das Favelas.
No dia 17 de outubro, às 10h, a mesa tratará das conexões entre a Amazônia, o Brasil dos extremos e o Sul Global. Os convidados são Tainah Fagundes, sócia da Criativa DaTribu e diretora territorial da Casa Niaré; Isabela Lima, CEO do Bioma Sustentável; e Silvia Rodrigues, do Biojóias do Combu. A mediação será feita por Arlan Seabra (Arte-educação – MAS).
Pela tarde, às 14h, o debate envolverá assuntos sobre mídia comunitária e redes periféricas, insurgência nas redes, juventudes e comunicação climática transnacional. Entre os convidados estão André Godinho, secretário-executivo da COP 30 da Prefeitura de Belém; Vitória Leona, artista multidisciplinar; e Erivelton Chaves, da Rede Cuíras.
A mediação é de Camila Costa (coordenadora de Comunicação do MAZ).
Confira a programação completa:
Dia 16 de outubro – Justiça Climática é Justiça de Território
- 10h – Mesa 1: Urbanização, racismo ambiental e a crise climática nas margens do país
Debate sobre as múltiplas Amazônias urbanas e o impacto da crise climática sobre as populações periféricas.
Eixos: racismo ambiental, invisibilidade das periferias amazônicas, moradia, saneamento e mobilidade urbana.
Convidados: Aline Meiguins, professora e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Estudos e Modelagem Hidroambientais (UFPA), e Ana Luiza de Araújo (Movimento Tucunduba Pró Lago Verde | PA).
Mediação: Andrey Leão (Arte-educação – MAZ).
- 14h – Mesa 2: Futuros possíveis – arte, cultura e imaginação
Reflexão sobre a cultura como ferramenta de enfrentamento da crise e de criação de outros mundos.
Eixos: estéticas periféricas e amazônicas como potência política; narrativas decoloniais e utopias negras e indígenas; cultura, memória e arte como tecnologias sociais de futuro.
Convidados: Ursula Vidal (secretária de Cultura do Estado) e Jeft Dias (Psica).
Mediação: Jairo Malta (curador do Museu das Favelas).
Dia 17 de outubro – Do Sul Global para outros futuros
- 10h – Mesa 3: Saberes do Sul Global – territórios vivos e tecnologias ancestrais
Debate sobre as conexões entre a Amazônia, o Brasil dos extremos e o Sul Global, com destaque para saberes e práticas territoriais.
Eixos: agroecologia, bioeconomia comunitária, inovação popular e pontes entre saberes indígenas, quilombolas e periféricos.
Convidados: Tainah Fagundes, sócia da Criativa DaTribu e diretora territorial da Casa Niaré; Isabela Lima, CEO do Bioma Sustentável; e Silvia Rodrigues (Biojóias do Combu).
Mediação: Arlan Seabra (Arte-educação – MAS).
- 14h – Mesa 4: Quem comunica os nossos futuros?
Discussão sobre o protagonismo comunicacional das bordas e o papel da comunicação popular na disputa de narrativas sobre o clima.
Eixos: mídia comunitária e redes periféricas; insurgência nas redes; juventudes e comunicação climática transnacional.
Convidados: André Godinho, secretário-executivo da COP 30 da Prefeitura de Belém; Vitória Leona, artista multidisciplinar e nômade; e Erivelton Chaves, da Rede Cuíras.
Mediação: Camila Costa (coordenadora de Comunicação do MAZ).
O Museu das Amazônias
Com o propósito de valorizar, preservar e projetar o patrimônio cultural, científico e ambiental das Amazônias, o Museu das Amazônias abriu as portas ao público no dia 4 de outubro, no galpão 4 do Complexo Porto Futuro II, em Belém.
O espaço funciona de quinta a terça, das 10h às 18h, com última entrada válida às 17h. Às quartas-feiras, o museu estará fechado para manutenção. A entrada é gratuita até fevereiro de 2026.
Museu das Favelas (SP)
Inaugurado em novembro de 2022, o Museu das Favelas tem a missão de conectar e garantir o protagonismo das múltiplas favelas brasileiras, preservando suas memórias e potencializando suas produções culturais por meio de exposições, programações, ações educativas, pesquisa e difusão de informação.
Serviço
Fórum de Justiça Climática
Local: Museu das Amazônias – Porto Futuro II, Belém (PA).
Datas: 16 e 17 de outubro de 2025.
Entrada gratuita.
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