Mpox: deve-se evitar contato com lesões de pele, alerta infectologista

Brasil tem mais de 10 mil casos e 13 óbitos. Pará segue com 90 casos, sem mortes, mas incidência da doença aumenta no Estado

Eduardo Rocha
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O Centro de Operações de Emergência Nacional de Mpox, do Ministério da Saúde, informou nesta terça-feira (29) que o Brasil apresenta 10.015 casos confirmados da doença e 13 óbitos em 27 unidades federadas. São 853 prováveis, 3.886 suspeitos e 29.642 casos descartados. O Pará não registra óbito, mas tem 90 casos confirmados - até o dia 15 eram 81, indicando que em 13 dias 9 foram identificados no Estado. Por esses números, mostra-se imprescindível se prevenir contra a mpox, e, então, deve-se evitar o contato de pele, como orienta a médica infectologista Helena Brígido, integrante da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI). 

"Os cuidados são os mesmos para crianças e adultos: evitar contato com lesões de pele. Em caso de lesões dermatológicas procurar logo atendimento médico, pois se for mpox deve-se fazer o teste para detecção e afastamento de atividades laborais e estudantis. Se criança, evitar brincar com outras crianças e afastamento de escola. É importante fazer diagnóstico com avaliação médica e laboratorial, pois pode não ser mpox (confunde muito com catapora, herpes zoster, molusco contagioso e outras doenças de pele.

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Pessoas com HIV e com baixa imunidade são os que mais preocupam médicos.

Ainda nesta terça-feira (29), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que  informa que se mantêm 90 casos confirmados de mpox no Pará (totalizados na segunda-feira, dia 28), residentes do município de Belém (65), Ananindeua (12), Santarém (04), Marituba (02), Barcarena (01), Paragominas (01), Marabá (01), Acará (01), Benevides (01), Itaituba (01), e Portel (1). Outros 117 casos foram descartados. E 1 caso suspeito em investigação. 

A Sespa esclarece que foram emitidos comunicados de risco, nota técnica conjunta sobre vigilância, notificação, investigação e diagnóstico para a doença, além de realizar cursos de capacitações para os profissionais de saúde. Foi elaborado o Plano de Contingência Estadual – Mpox  e a cartilha Mpox com o objetivo de organizar as ações necessárias para uma resposta rápida para minimizar o impacto na saúde pública e subsidiar os gestores municipais para a tomada de decisão no enfrentamento da doença.

Em alerta

Helena Brígido observa que "o número de casos de mpox no Pará torna-se preocupante diante do relaxamento das medidas de prevenção, provavelmente pelo fato das pessoas não serem alertadas sobre as manifestações clínicas". A médica observa se tratar de uma doença que dificilmente leva à internação, porém causa lesões em todo o corpo, principalmente na região genital. "Existem artigos científicos que demonstram a presença do vírus no sêmen atribuindo-se, portanto, a uma transmissão por via sexual, mas pode ser pelo contato direto com lesões sem que haja intimidade. Não há tratamento específico contra o vírus. Deve-se fazer limpeza local das lesões, evitar contato com pessoas por 21 dias, portanto, deve ocorrer o afastamento de trabalho. Estudo durante 21 dias", salienta a infectologista.

O diagnóstico laboratorial, como informa Helena Brígido, é feito com coleta de material das lesões (bolhas, crostas) em serviço público: UBS Icoaraci, UBS Satélite e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) (Rui Barbosa, 1059 - Reduto). "A prevenção é realizada evitando-se o contato com pessoas que tenham lesões de pele compatíveis com mpox. Não há vacinas contra esse vírus", reforça a médica.

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