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Moradores queimam entulho e fecham Bernardo Sayão em protesto contra falta d'água

A Cosanpa informou que mapeia os pontos com problemas no abastecimento para normalizar o serviço até esta quarta-feira (6) 

O Liberal
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Irritados com a contínua falta d'água na confluência entre as avenidas Bernardo Sayão e Padre Eutíquio, no bairro da Condor, em Belém, moradores e trabalhadores atearam fogo em pedaços de madeira, borrachas e lixos domésticos para chamar a atenção para o problema da escassez no fornecimento de água, nesta terça-feira (5).

Procurada, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informou, em nota, que desde o final de semana está mapeando os pontos com problemas no abastecimento no bairro da Condor. 

"Os trabalhos seguem em andamento e a previsão é de que até esta quarta-feira (6), o fornecimento de água seja normalizado na área afetada", diz a nota da Companhia de Saneamento.

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A avenida Padre Eutíquio tem mão dupla, mas o fogo no entulho não permitia que os carros avançassem, e o trânsito ficou caótico no pedaço. O local do protesto, a esquina entre as duas vias, concentra grande número de casas e pequenos comércios e barracas, de madeira e de alvenaria. O trecho tinha filas de carros, com motoristas obrigados a esperar a passagem lenta pelo local. 

Veículos grandes, como um caminhão frigorífico, cujo motor fica mais embaixo, não conseguiam transpor a esquina do protesto, em razão do fogo, que até às 19h20, seguia aceso, embora mais baixo do que inicialmente.

"A gente vende açaí, frango, eles vêm, cavam os buracos, fica essa água parada e eles não resolvem" , reclamou o vendedor de farinha, João Miranda, de 49 anos. O trabalhador não parou de comercializar goma, farofa e farinha de tapioca, mas apoiava por completo a manifestação de colegas e moradores.

João Miranda, junto com outros comerciantes, reclamou, inclusive, que os buracos abertos pela Cosanpa, para mexer na tubulação da área, já provocaram acidentes na esquina. "Há uns dois meses, um rapaz foi desviar do buraco e dos carros e caiu, bateu a cabeça, morreu", contou João, sob a anuência de outros feirantes.

"Sou nascido e criado na avenida Bernardo Sayão, nº 3.888, no porto da Palha no bairro da Condor. Eu nunca saí daqui e agora estamos nessa situação. Eles vêm, cavam os mesmos três buracos e vão embora sem resolver", reclamou o morador Ivonaldo Oliveira, de 67 anos, dono de publicidade de postes, como ele mesmo informou.

Ivonaldo mora com a esposa e a sogra e afirmou que sempre tenta conversar com a equipe de trabalhadores da Cosanpa, mas não entende porque eles não resolvem o problema do fornecimento de água. 

"A última vez que eles vieram foi na sexta-feira (01). Eles dizem que estão procurando o problema. Eu compro água mineral a nove reais, porque o dono do comércio é meu amigo, mas eu não comprava água mineral e agora sou obrigado", afirmou o morador.

Ivonaldo e dezenas de moradores da área disseram que estão recorrendo todos os dias às torneiras instaladas, pelos próprios feirantes, atrás de algumas barracas.

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