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Moradores do Tenoné relatam aparição de criatura semelhante a um lobisomem

Os relatos começaram a surgir há cerca de uma semana quando um dos moradores comparilhou um vídeo do uivos nas redes sociais 

Amanda Martins

Uivos de um “suposto” lobisomem estão causando pânico nos moradores da Passagem Três Marias, no bairro do Tenoné, em Belém. Os relatos começaram a ganhar as redes sociais na última semana, por meio de um vídeo que viralizou ao mostrar um grupo de populares entrando em uma região de mata, que fica próximo a rua onde foram ouvidos os primeiros relatos da aparição do ser lendário. Verídicas ou não, o fato despertou a curiosidade do paraense Nathan Moura, da página “Belém de Arrepiar”, que conta, entre outras histórias sobrenaturais, a investigação sobre o "Lobisomem do Tenoné”.  

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Assista ao vídeo:

Para entrar no clima da primeira sexta-feira 13 do ano, a equipe de reportagem do Grupo Liberal foi visitar a comunidade que afirma estar sendo perturbada por um homem que se transforma em lobo, acompanhado do produtor de conteúdos sobrenaturais. Os relatos são os mesmos: à noite, barulhos estranhos, como aullidos, são escutados pela população, e em seguida, um animal de médio porte semelhante a um cachorro peludo é visto em um abacateiro  próximo ao muro que separa a mata do conjunto de residências.

image Muro que divide parte da mata e a Passagem Três Marias  (Amanda Gaspar / Especial O Liberal)

A dona de casa Meg Xavier, de 54 anos, afirmou ter presenciado ao lado do neto, uma criança pequena, a aparição do lobisomem ao andar na rua que está ganhando fama de “mal assombrada”. Os dois estavam juntos, voltando para a casa em uma passagem com pouca iluminação, quando o garoto avistou sob o paredão a figura animalesca e avisou a avó.

“Eu vi um negócio estranho no meio do muro. Meu neto dizia que era um macaco, mas eu sabia que não, e não queria dizer para ele. Eu comecei me tremer todinha com medo dele atacar a gente, entrei em casa correndo e quando olhei de novo, ele estava parado encarando minha casa”, relatou a moradora  sobre a presença do suposto lobisomem próximo a rua.

image Meg Xavier, a filha Wanessa, a neta Jhennifer e um amigo da família, o Wilkee Gran (Amanda Gaspar / Especial O Liberal)

Além de Meg, outros vizinhos que moram nas redondezas também estão aterrorizados com a aparição do ser lendário.  De acordo com ela, ninguém mais da proximidade não consegue ter um sono tranquilo por conta dos uivos e barulhos macabros vindos de trás do muro, onde o ser fantástico “moraria”.  

O comportamento ansioso e o medo do desconhecido têm amedrontado apenas os seres humanos. Meg também contou que os animais, principalmente os cachorros da vizinha, costumam ficar agitados a partir das 23 horas. “Os cães ficam gritando como se alguém estivesse batendo neles. Tudo muda na rua, sabe, aqui todo mundo já viu alguma coisa”, disse a dona de casa que vive no mesmo setor há 36 anos.

Diferente da mãe, Vanessa, de 35, não chegou a ver pessoalmente o lobisomem, mas afirmou ter escutado o uivo dele na noite da última terça-feira (10). Ela contou que estava sentada na porta de casa quando ouviu um “barulho pavoroso”. 

"Precisei da ajuda de um colega da minha filha, que estava com a gente, para entrar em casa. Fiquei agoniada e o som continuou alto. Até então, eu tinha ouvido falar na vizinhança, mas acreditava desacreditado. Nessa noite eu paralisei”, disse Wanessa, que mora no perímetro há três anos e também sempre tinha ouvido relatos sobrenaturais na passagem, mas nunca havia presenciado. “Era um grito muito feio que doía na gente, que chegava a ser assustado”, complementou.

Segundo Wanessa, a vizinhança da Passagem Três Marias sempre compartilharam histórias assombradas de seres encantados, que costumavam frequentar a mata. Inicialmente, ela contou que costumava-se ouvir apenas barulhos de passos vindos do arvoredo, ou pegadas consideradas “grandes” para serem de seres humanos. Mas, esta foi a primeira vez que os moradores passaram a ficar assustados com a série de fenômenos sobrenaturais.  

Em uma das tentativas de encontrar o “suposto” lobisomem, um grupo com 30 homens, todos moradores da passagem, adentraram a mata. Foi durante a caça ao ser sobrenatural, que um amigo da filha de Wanessa, Jheniffer,  teve uma  paralisia no meio da floresta e precisou sair carregado.

“Ele ficou agoniado com medo e só falava: 'ele está lá’. No dia seguinte, ele teve uma febre muito forte”, explicou Wanessa, acrescentando que na crença popular costuma-se ficar febril ao ter contato com um ser místico ou encantado. 

'Desvendando' assombrações 

Para Nathan Moura, que administra a página Belém de Arrepiar na internet, os relatos dos moradores do Tenoné aproximam-se mais de seres encantados, que vivem nas matas, do que de um suposto “lomisomem”. Ao conversar com os populares, ele soube que as manifestações sobrenaturais teriam começado após uma construção civil ser instalada em uma parte da floresta, quando foi comprada para virar uma propriedade  particular  e dar continuidade no crescimento de um supermercado no setor. 

image Nathan de Moura, da página Belém de Arrepiar, é escritor e reúne uma diversidade de casos sobrenaturais (Márcio Nagano / Arquivo O Liberal)

“Parece que piorou depois de começarem a mexer, derrubar árvores e talvez isso esteja relacionado com as aparições. Começaram a mexer e as entidades estão surgindo porque sentem-se incomodadas”, afirmou Moura.

Somando mais de 12 mil histórias postadas e cerca 600 mil seguidores nas redes sociais do Facebook, Twitter e Instagram, Nathan é conhecido por compartilhar histórias macabras que ocorrem em Belém e nas proximidades. Embora fala muito sobre fantasmas, assombrações, entidades, e agora, seres encantados - após divulgar em seu blog sobre o caso do lobisomem -, ele afirmou ter um certo “medo” de presenças sobrenaturais, mas que possui uma “curiosidade muito maior”.

image Escritor José Maria Brito de Moura (Nathan de Moura) e o túmulo da "Moça do Táxi", no cemitério de Santa Izabel ( Márcio Nagano / Arquivo O Liberal)

“Quando me falam, eu vou atrás. Minha finalidade não é provar que alguém está mentindo, eu acredito mais em relatos do que em fotos, nisso, sou mais criterioso. Mas acho que as pessoas que me procuram não querem me enganar. Se for preciso, mostro que estão equivocados, porém, meu papel é ser um contador de histórias”, finalizou.  

 









 

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