Mistério: Inmet e UFPA não identificaram origem de barulho nos céus de Belém
Moradores de diversos bairros relataram terem escutado ruídos semelhantes ao de uma turbina de avião, mas nenhuma aeronave foi avistada

Após o relato de moradores de diversos locais de Belém e região metropolitana, de que ouviram barulhos estranhos que teriam vindo do céu na madrugada da última terça-feira (23), especialistas não encontraram nenhum indício de que algum evento meteorológico ou astronômico possa ter ocorrido fora da normalidade. Nos bairros da Pedreira, Sacramenta, Reduto, Guamá, Marambaia, Coqueiro e no centro de Ananindeua as pessoas disseram ter escutado um som similar ao de uma turbina de avião, mas nenhuma aeronave foi avistada.
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Já era por volta de meia noite quando os relatos começaram. Uma moradora do bairro da Pedreira disse que o ruído permaneceu por mais de 20 minutos ininterruptamente. Um outro morador pensou que se tratava de uma fábrica, mas depois viu que não havia nada no local. Esta não é a primeira vez que o barulho misterioso intriga a população. No ano passado, relatos semelhantes ocorreram por todo o Brasil, e também em outros países.
A reportagem entrou em contato com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que informou que nenhum fenômeno meteorológico anormal foi registrado na madrugada de terça. De acordo com o instituto, ruídos vindos do céu geralmente seriam ocasionados por trovões ou ventanias fortes. No entanto, neste dia e horário não estava chovendo e também não houve registro de ventos com velocidade acima do comum.
O professor Luís Crispino, coordenador do Núcleo de Astronomia (Nastro) da Universidade Federal do Pará (UFPA), explicou que nenhum fenômeno astronômico foi registrado naquele dia. "Normalmente fenômenos astronômicos, como meteoritos, por exemplo, não são somente um barulho, normalmente vêm associados com um clarão, um risco no céu, e isso se vê de longe, e são barulhos rápidos", disse.
Ele afirma que não houve nenhum registro oficial de que algo fora da normalidade possa ter ocorrido, e acredita que os relatos podem se tratar apenas de boatos. "Nós do Nastro não recebemos qualquer informação que nos permitisse comprovar a localidade e a data da ocorrência. Se não há nenhum registro que possa confirmar isso, fica complicado de emitir qualquer opinião a respeito. Eu acho que tem fortes chances de que isso seja apenas um boato", declarou o professor.
A reportagem entrou em contato com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para saber se os ruídos poderiam ter vindo de alguma aeronave que pudesse ter apresentado algum tipo de falha, no entanto, até o momento desta publicação, não houve resposta.
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