Integração e bilhete único para moradores de Outeiro são recomendações da Defensoria à Semob
Medida tem como objetivo evitar que passageiros sejam cobrados duplamente por apenas um caminho
A Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE-PA), através do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), recomendou que a Superintendência De Mobilidade Urbana Do Município De Belém (Semob) implemente bilhete único com integração nos portos e acessos para travessia dos moradores de Outeiro. A recomendação foi feita na última quarta-feira (19) e tem como objetivo ajudar usuários que se deslocam de outros locais até o distrito para que, ao chegarem na ilha, utilizem o mesmo bilhete para se deslocar até o seu destino, evitando assim que sejam cobrados duplamente por apenas um caminho. A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Semob e aguarda posicionamento sobre o caso.
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“Desde a interdição da ponte, a defensoria vem recebendo inúmeras denúncias e reclamações de usuários do transporte coletivo na ilha. A maior parte diz respeito à insuficiência de ônibus, bem como da operação indevida do usuário que se desloca do centro, uma vez que paga a passagem e, após a travessia gratuita ofertada pelo governo, desembarca na ilha, quando tem que pagar outra passagem para chegar ao seu destino final. Quando não tem ônibus, paga van e moto táxi. Ou seja, o consumidor está sendo indevidamente onerado pelo ocorrido”, explicou o defensor público Cássio Bitar.
“Com base nisso, com o propósito de dialogar com a Semob, que tem atribuição para organizar o transporte coletivo na capital, a defensoria expediu uma recomendação para que seja implementado um bilhete único e um terminal de integração emergencial na travessia, evitando assim a opressão do consumidor”, acrescentou.
No documento de recomendação, também requisitou que a Semob informe, no prazo de 48 horas, sobre as linhas que operam na ilha neste momento crítico, bem como sobre a capacidade e manutenção da frota. Para Bitar, o serviço de transporte coletivo deve ser prestado de forma contínua e segura. “E a recomendação visa justamente provocar o executivo para a implementação de medidas que venham a minimizar os transtornos decorrentes da interdição da única ponte que dá acesso à ilha”, pontuou.
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