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Início da última semana de campanha de vacinação contra a pólio tem baixa adesão

Em Belém, as salas de vacinação continuam com pouca procura; cerca de 13% do público-alvo foi atingido

Camila Azevedo
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A última semana da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação começou tímida na manhã desta segunda-feira (05), em Belém. Assim como em todo o período de ação, que começou no dia 8 de agosto, o movimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não têm sido expressivo, apesar dos esforços dos profissionais de saúde em conscientizar a população. O objetivo do esforço é aumentar a cobertura vacinal. A meta para a capital era vacinar 66.559 crianças de 1 a 4 anos na capital, mas somente 9.125 foram imunizadas, o que corresponde a 13,71% do total, conforme informa a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). 

Vacinar contra a pólio é uma forma de garantir que a doença não volte a ser registrada no Brasil. Nenhum caso de paralisia infantil é detectado desde 1989 e o imunizante é o principal meio de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas. A poliomielite é infecciosa, aguda e grave, podendo atingir os membros inferiores. O contágio pode ser por contato direto com fezes ou com secreções que saem da boca de quem estiver com o vírus. 

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A vacina DTP, que previne contra o tétano, difteria e coqueluche, tem baixa cobertura vacinal. De acordo com a Sespa, de janeiro até junho de 2022, foram vacinadas 52.963 gestantes, número abaixo da média estabelecida pelo Sinasc

A equipe de reportagem esteve na Unidade Municipal de Saúde (UMS) do Curió Utinga e constatou a baixa procura ao longo dos dias de campanha pela vacina. Lailson Landrin, enfermeiro da UMS, ressalta que a equipe tem realizado trabalhos na comunidade para alertar a população sobre a importância de manter a carteira de vacinação das crianças atualizada, mas nem sempre o retorno é visto. “A gente não consegue essa adesão. A gente faz uma tabela semanal desse fluxo e nessas semanas, está muito baixa. Não temos conseguido abranger de fato essa campanha da vacina da pólio”, explica.

Outras ações são realizadas nos entornos para ajudar a aumentar a cobertura vacinal. Além disso, durante as consultas, as carteiras e os imunizantes já tomados são sempre conferidos. “Temos alguns programas nas escolas em relação a saúde e sempre pedimos para os pais levarem a carteira de vacina, para fazermos essa busca ativa e trazer a criança para atualizar as vacinas. Às vezes, as mães procuram a gente quando a criança apresenta alguma coisa, pergunto da vacinação, peço sempre para olhar as carteiras e ver se tem alguma pendência”, diz o enfermeiro. 

A baixa procura não foi fator de impedimento para Bruno dos Santos, pai da Isabela, de 3 anos, levar a filha para vacinar contra a pólio. Para ele, a medida é uma forma de garantir o futuro da criança. “Vim trazer ela, é importante a gente estar vacinando as crianças para prevenir as doenças, como a paralisia, dar um futuro para elas e cuidar enquanto são crianças”, aponta. 

Ananindeua

No município vizinho da capital, a situação também foi a mesma. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau), o movimento foi baixíssimo nesta segunda-feira (05), da forma como aconteceu nos outros dias. A porcentagem atual do público-alvo da campanha de vacinação contra a Poliomielite está em 20,08%

Quem pode vacinar

→ Contra a poliomielite - crianças menores de 5 anos de idade, ou seja, de até 4 anos, 11 meses e 29 dias que estejam nas seguintes condições: 

- Menores de 1 ano de idade deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para esquema primário; e 

- Crianças de 1 a 4 anos deverão ser vacinadas, indiscriminadamente, com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico. 

→ Na Campanha de Multivacinação, os alvos são as crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (14 anos 11 meses e 29 dias), não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. 

Saiba onde se vacinar em Belém

Data: até sexta-feira (09)
Local: qualquer Unidades Básicas de Saúde (UBS), no período de segunda a sexta-feira;
Horário: 8h às 17h. 

Saiba onde se vacinar em Ananindeua

Horário: de 8h às 12h30
Locais: UBS Ariri; UBS Guajará I; UBS Atalaia; UBS Jaderlándia; UBS Carlos Guimarães; UBS Jardim Amazônia; UBS Cidade Nova IV; UBS José Araújo; UBS Cristo Redentor; UBS Nova Águas Lindas; UBS Falcolândia; UBS Novo Cristo; UBS Nova Esperança II • UBS Paar
e Ill; UBS Saré; Ubs Heliolândia Rural; Ubs Warislândia; Ubs Curuçambá Rural; Ubs Jardim Nova Vida; e UBS Icuí.

Horário: de 8h às 16h
Locais: Ananindeua Centro; UBS Guanabara; UBS Águas Brancas; UBS Julia Seffer; UBS Águas Lindas; UBS Nova Zelândia; UBS Celso Leão; UBS Pedreirinha; UBS Coqueiro; UBS Roraima-Amapa; UBS Distrito Industrial ; UBS Una; e UBS Elo l e II.

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