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Vacinação de gestantes está baixa no Pará; vídeo

A vacina DTP, que previne contra o tétano, difteria e coqueluche, tem baixa cobertura vacinal. De acordo com a Sespa, de janeiro até junho de 2022, foram vacinadas 52.963 gestantes, número abaixo da média estabelecida pelo Sinasc

Camila Azevedo

Gestantes têm baixa cobertura vacinal do imunizante DTP no Pará, que protege contra doenças como tétano, difteria e coqueluche. Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) mostram que apenas 52.963 mil gestantes foram vacinadas de janeiro a junho de 2022, o que corresponde a 37,02% do total. Segundo a Sespa, o número é inferior à expectativa do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde, que estabelece 143.066 aplicações da vacina como meta ao longo do ano.

Em Belém, a situação não é diferente: 7.449 grávidas estão em atendimento na rede pública, mas somente 2.047 doses foram aplicadas até o momento, cerca de 12,07% do esperado. A vacina é dada a partir da 20ª semana de gravidez, sendo de extrema importância na formação gestacional.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos mostra que as grávidas da Região Norte fazem parte das 54% que estão com a carteira de vacinação atualizada. Estar atenta ao calendário de imunização é também uma forma de cuidado com o bebê: os benefícios da DTP não ficam restritos à saúde da mãe, uma vez que os anticorpos adquiridos com a vacina alcançam o sistema da criança, prevenindo as infecções graves. O imunizante é em dose única, ou seja, só haverá necessidade de reforço se a pessoa engravidar mais uma vez.

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Além dela, outras três vacinas são indicadas pelos especialistas: contra o vírus da Influenza, covid-19 e hepatite B. A obstetra Lara Alonso explica que a questão da imunidade é sensível em gestantes, uma vez que estão mais suscetíveis a infecções. “São importantes para que, durante a gestação e puerpério, não ocorra infecção por estas doenças, visto que gestantes e puérperas têm menos imunidade e podem transmitir as doenças ao feto e recém nascido”, destaca a especialista.

A falta da DTP pode gerar consequências na gestação e no parto, colocando mãe e bebê em risco.Restrição de crescimento fetal, parto prematuro, malformações fetais… A vacina diretamente não ajuda na formação fetal, mas evita que, ao contrair a doença, ela cause malformações e prematuridade”, ressalta Lara.

A fisioterapeuta Samanta Polaro, de 24 anos, está grávida de 7 meses e espera dois meninos. Os cuidados na gravidez envolvem a proteção contra infecções, como o coronavírus, e demais problemas de saúde que poderiam surgir no período. “Meus cuidados cresceram bastante, principalmente por causa da pandemia. Depois que fiquei grávida, tomei o dobro de cuidados: álcool em gel, pessoas entrando em casa, sempre peço que entrem com máscara”, conta. 

image fisioterapeuta Samanta Polaro (Thiago Gomes / O Liberal)

A atenção total aos prazos para que as vacinas fiquem em dia fazem parte da rotina da fisioterapeuta, que sentiu um pouco de dificuldade em entender o processo no início. “Fiquei meio perdida nessa parte da vacinação de gestante, até porque eu não tinha tanto conhecimento. Mas depois minha médica conversou comigo e falou sobre a importância e eu fui atrás. Tomei todas na UBS. As do covid estão todas em dia, contra Influenza e hepatite B também. Da grávida eu tomei a DTPA”, diz Samanta. 

 

Doenças evitadas pela DTPA

Difteria: é uma doença transmissível causada por bactérias que atingem amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como as mucosas e a pele. Dependendo do tamanho e de onde as placas estiverem localizadas, a pessoa pode sentir dificuldade de respirar. 

Tétano: infecção grave e aguda causada pela toxina do bacilo tetânico, encontrada na natureza, e não é contagiosa. Ele pode gerar contratura e rigidez nos membros, podendo levar à morte, se não tratado. 

Coqueluche: infecção respiratória transmissível causada por bactéria. Seu principal sintoma é a tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios e se não tratada, pode levar à morte.

Cenário vacinal da DTP no estado 

→ O Ministério da Saúde estabelece que sejam vacinadas 143.066 grávidas, mas esse número ficou em 65.252 no ano de 2020, correspondendo a 45,61%;
→ Já em 2021, 67.198 doses foram aplicadas em gestantes, equivalente a 46,97% do total.

 

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