Frequentadores reclamam do estado precário do cemitério Santa Izabel, em Belém

Eles dizem que há muito mato e sepulturas quebradas no espaço, que é o maior cemitério público da capital

Dilson Pimentel
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Frequentadores do cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, reclamam da sujeira no local. Eles dizem que há muito mato e sepulturas quebradas no espaço, que é o maior cemitério público da capital. Também dizem que o local só recebe uma grande limpeza em datas especiais, como, por exemplo, no Dia das Mães. E afirmam que se sentem inseguros em visitar o cemitéri, onde, dizem, há a ocorrência de pequenos furtos.

O vidraceiro José Augusto Castro, 56 anos, foi ao cemitério, na manhã desta terça-feira (16), para acompanhar o sepultamento do corpo do irmão. Além da perda de um ente querido, ele contou que teve que lidar com o estado em que se encontra o espaço. “Esse cemitério está precário. Uma imundície”, disse.

“A gente teve que andar com o caixão por cima das sepulturas. Varamos na sepultura, porque não tem lugar pra andar. Só mato”, contou. José Augusto acrescentou: “Tá difícil esse cemitério. Dá até vergonha de enterrar uma pessoa querida da família”. “Sujeira, muito mato, sepulturas quebradas. Dá até medo entrar aí”, afirmou.

image O vidraceiro José Augusto Castro, 56 anos, reclamou do estado em que se encontra o cemitério (Thiago Gomes/O Liberal)

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"Limpeza só ocorre em datas especiais”, diz mototaxista

Trabalhando no bairro do Guamá, o mototaxista Jorge Souza, 44 anos, tem familiares sepultados no cemitério. “O cemitério, hoje, está abandonado. Cheio de mato. Tem muito morador de rua dentro do cemitério. Estão levando as grades e as imagens que estão em cima das sepulturas”, afirmou.

“Não tem uma segurança para proteger o patrimônio do pessoal”, disse. Jorge contou que, em certos horários, "dá medo" entrar no cemitério. “Nesse horário agora (por volta das 12 horas), não se entra no cemitério. De 12 horas até 15 horas, se entrar no cemitério, lá pra trás, pode contar que vai ser roubado”, afirmou.

Jorge Souza disse que uma limpeza grande só é feita em datas como o Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia de Finados. “Fora isso, não tem limpeza. Se você olhar agora o mato já está grande”, afirmou. Basta percorrer um pouco o cemitério para constatar os problemas relatados pelos moradores.

Às vezes, e por causa do mato, é difícil para localizar uma sepultura. E é preciso cuidado para transitar entre alguns túmulos, pois há a possibilidade de acidente. Isso ocorreu, por exemplo, com um sobrinho do vidraceiro José Augusto Castro, aquele que acompanhou o enterro do corpo do irmão. O rapaz machucou a perna, mas sem gravidade.

Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo informou que, nos dois cemitérios administrados pela Seurb - Santa Izabel (Guamá) e São Jorge (Marambaia) -, os serviços de roçagem, capinação, retirada de entulho e lixo nas alamedas e arredores de sepulturas são realizados diariamente. A Seurb acrescentou que também vem vistoriando e reforçando a manutenção da iluminação pública nas principais ruas de acesso, nos arredores e no interior dos cemitérios diariamente.

 

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