CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

'Floresta Pará 2022' encerra nesta quinta com debate sobre restauração florestal

A iniciativa estadual tem como objetivo fomentar o universo de possibilidades sustentáveis para utilização responsável dos recursos naturais no território florestal paraense

O Liberal
fonte

Restauração florestal será o tema da última mesa de debate do evento “Floresta Pará 2022”, que começou na terça (8) e segue até esta quinta-feira (10), na Estação das Docas, em Belém. A iniciativa estadual, realizada por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), tem como objetivo fomentar o universo de possibilidades sustentáveis para utilização responsável dos recursos naturais no território florestal paraense, proposta que será defendida pela delegação paraense na Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (Cop 27), realizada na cidade de Sharm El-Sheik, com a presença do governador Helder Barbalho.

VEJA MAIS 

image Sustentabilidade: evento 'Floresta Pará 2022' debate modelos sustentáveis de produção em Belém
A programação será realizada entre os próximos dias 8, 9 e 10 de novembro, no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, bairro da Campina

image COP 27 inicia neste domingo com debate sobre mudanças climáticas
Lideranças globais participam do evento que vai até dia 18

image Fórum debate retirada da vacinação contra febre aftosa no Pará
Especialistas do setor agropecuário dizem que conquista abriria mercados internacionais e geraria mais produção, emprego e renda no Estado

O último dia também vai contar com uma mesa sobre "Floresta e produção: bens e serviços" e com os seguintes painéis: "Produtos madeireiros da floresta: diversidade, produtividade, produção e mercado" e "Mineração, Desmatamento e Mudanças Climáticas". E também vai contar com programação cultural.

Nesta quarta-feira (09), o potencial da bioeconomia da floresta foi tema central de uma mesa do evento. A organização convidou representantes estaduais dos setores de meio ambiente e de linhas de crédito, além de membros da sociedade civil e academia. Para a presidente do ideflor-bio, Karla Bengtson, os participantes selecionados ampliaram os pontos de vista sobre as ações desenvolvidas dentro do Pará: "Pensamos no Floresta Pará como um evento de amazônidas para amazônidas. Buscamos tornar esse espaço em um amplo debate sobre a sustentabilidade e o modo de produzir", avaliou a presidente.

Camille Bermeguy, diretora de bioeconomia da Semas – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, uma das palestrantes do encontro, destacou os avanços na política climática paraense obtidos com a criação do Plano de Bioeconomia do governo do Estado do Pará. “Em 2020 nós iniciamos o questionamento de qual é a bioeconomia que nós queremos. Não existe um único conceito sobre o que é bioeconomia. O estado do Pará segue dentro do questionamento e traçando ações para o desenvolvimento”.

Ainda nesta quarta, a participação ativa dos povos para garantir a criação e desenvolvimento de políticas em defesa da floresta foi apresentado por Ivanildo Gama, representante do Conselho Nacional das Populações Extrativistas. Ele destacou que o acesso às políticas primárias, como comunicação, saúde, emprego e negócios é fundamental. Existe uma diferença enorme entre fazer para os povos e fazer com os povos. O grande desafio é aplicar os recursos de forma equilibrada entre todos os atores envolvidos. A floresta viva e conservada vai depender de formular ações que fomentem o manejo de produtos florestais”, ponderou Gama.

De forma virtual, o engenheiro florestal Aluísio Patrocínio, representante da Coomflona (Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós) participou da mesa e apontou como a bioeconomia e o uso da floresta por moradores da Flona Tapajós vem crescendo a partir do manejo sustentável das atividades madeireira, mas indo muito além.

“Hoje, nós temos atividades em todas as áreas. Identificamos o potencial dos locais e estamos comercializando para empresas. Existem ainda outras atividades, como biojoias e artesanatos, além do forte incentivo a ecoturismo que tem como base o rio. Tudo isso com o apoio da gestão estadual para gerar renda a partir da floresta em pé”, contou Aluísio.

Bioeconomia

O papel da academia dentro do processo de construção de uma bioeconomia e o panorama estadual também foi pontuado pelo pesquisador da Universidade Federal no Pará (UFPA), Danilo Fernandes. De acordo com o estudioso, o açaí, a castanha-do-Pará e o cacau ainda são os principais ativos da cadeia econômica da bioeconomia. “Essa cadeia é produzida aqui e funciona dentro da economia local, nas nossas feiras e centros. Onde a renda é produzida ela fica, e é exportada. A base da produção rural representa 82% do total. Essa é uma economia que já existe, que já mostrou sua capacidade de crescer ainda mais para o desenvolvimento regional”.

O desenvolvimento da bioeconomia a partir de negócios locais foi um dos pontos destacados pelos representantes convidados para compor a mesa. Para pontuar as ações de investimento relacionados às cadeias produtivas sustentáveis, Cindy Ornela, representante do Banco do Estado do Pará (Banpará), apresentou a trajetória da instituição em apoiar iniciativas agroambientais como forma de garantir o manejo sustentável dos recursos.

“Em Capitão Poço, Ourém, nós apoiamos a citricultura, mas não apenas em monoculturas, como a laranja. Ou seja, apoiamos a produção de várias frutas cítricas. Assim como também financiamos a recuperação de áreas degradadas e de ecoturismo. Atuamos com financiamentos de até R$ 250.000,00 e com prazos de financiamento com até 12 anos. A nossa análise leva em consideração a sustentabilidade do negócio”, frisou Ornela.

Mostra de produtos locais

Além dos debates técnico-científicos, o Floresta Pará 2022, promovido pelo Ideflor-Bio, oferece ao público uma pequena mostra de produtos locais que têm ganhado cada vez mais importância na esteira da bioeconomia. O público poderá conferir e adquirir nos estandes expositivos insumos alimentares, como chocolates, mel e farinha; e opções para saúde e beleza, desde vestuário, adereços e cosméticos derivados do extrativismo sustentável na Amazônia paraense. A exposição ocorre no espaço Boulevard das Feiras, no Armazém 3 da Estação das Docas, de 10h às 22h.

Programação - quinta, 10/11

8h30 às 10h - Mesa redonda: Floresta e produção: bens e serviços.

Palestrantes: Maria Tereza Uille (Instituto Clima) e Milton Kanashiro (Embrapa) e Yago Borges (Semas)

Moderação: Gil Mendes Sales (Ideflor-Bio)

10h30 às 12h

Painel: Produtos madeireiros da floresta: diversidade, produtividade, produção e mercado.

Palestrantes: Deryck Martins (Fiepa), Murilo Souza Araújo (Unifloresta) e Daniel Bentes (Confloresta)

Moderação: Gracialda Ferreira (Ideflor-Bio)

14h às 16h

Painel: Mineração, Desmatamento e Mudanças Climáticas.

Palestrante: Tasso Mendonça Jr. (ANM), Luis Maurano (INPE) (virtual) e Lise Tupiassu

(UFPA) (virtual)

Moderação: Marcelo Moreno (Semas)

16h30 às 18h

Mesa redonda: Restauração Florestal

Palestrante: Mayra de Nazaré Barral das Neves (Hydro), Marcelo Arco-Verde (Embrapa

Florestas) (virtual) e Ima Célia Vieira (Mpeg)

Moderação: Walmer Bruno Martins (Ufra)

Programação cultural

08/11 - DANÇA - 18h

Grupo/artista: DANÇART (Companhia de dança de Marituba – Espetáculo Amazônia)

Imaginária.

09/11 - MÚSICA - 17:30h

Grupo/artista: Mário Mousinho e Banda - Canções Amazônicas

10/11 - MÚSICA - 17:30h

Trio Manari e Andrea Pinheiro - Sons da Floresta

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM