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Evento transforma ciência em conversa de bar

No Brasil, 85 cidades participam, colocando o país no topo da lista de entusiastas. No Pará, tem programação em Belém, Marabá e Bragança.

Victor Furtado (com informações do Museu Paraense Emílio Goeldi)
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Belém, Marabá e Bragança são as três cidades paraenses que vão sediar o Pint of Science 2019, evento que busca popularizar a ciência ao transformá-la, literalmente, em conversa de bar. Pesquisadores percorrerão os estabelecimentos participantes para conversar com os interessados em compreender a dinâmica das pesquisas, o trabalho de quem atua na área e o valor da ciência para o desenvolvimento. A programação será nos dias 20, 21 e 22 deste mês.

O Pint of Science será realizado em 24 países. O Brasil é um dos principais entusiastas do festival e, atualmente, o país com mais cidades participantes: 85, treze a mais que a Espanha, segunda com maior número de sedes. A cada dia, um pesquisador diferente falará sobre um tema com o qual trabalha, em uma área qualquer da ciência, e com uma didática bem acessível, para que o público leigo possa compreender.

Na capital, cinco pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi vão participar do festival. Ao linguista Hein van der Voort caberá o tema "De onde vêm as línguas?"; à bióloga Regina Oliveira mostrar "Quem traz o caranguejo que você come?"; e ao arqueólogo Marcos Magalhães abordar "Quem plantou a Amazônia? E quando?". O especialista em sistemática e conservação de peixes Alberto Akama vai expor "A derradeira mentira de Belo Monte" e a arqueóloga Edithe Pereira destacará a "Arqueologia e arte rupestre da Amazônia". Mas o festival reúne cientistas de várias outras áreas e instituições.

Em Bragança, ela englobará temas como o papel de mulheres na ciência e os povos tradicionais da Amazônia. Em Marabá, o bate-papo com pesquisadores incluirá abordagens diversas, que vão do mundo vegetal à física quântica. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento (pintofscience.com.br). Mais informações pelo e-mail pintofsciencebr@gmail.com

"Eventos como esse são importantes para popularizar a ciência e desfazer conceitos equivocados sobre a atividade dos cientistas e pesquisadores. O Governo do Brasil tem falado mal da ciência e dos cientistas. E pessoas que não têm muito conhecimento, acreditam no que ouvem. Precisamos mostrar contrapontos para não deixar que o povo seja enganado. Infelizmente, esse não é um problema exclusivo do Brasil", destaca o linguista Hein van der Voort.

Ele reforça que a matemática e a filosofia são as raízes de várias outras ciências e campos do conhecimento. Sem elas e sem educação de qualidade, não há desenvolvimento científico. "Os avanços tecnológicos estão literalmente ao alcance das mãos de qualquer pessoa, nos celulares, nos aplicativos. Tudo é ciência. A ciência não pára, não está fechada e nem determinada. Ciência não tem fronteira, como já dizia um programa que outrora tivemos. É preciso prestar atenção em como estão tratando a educação, a ciência e os cientistas", alertou.

O Pint of Science foi criado em 2012, por iniciativa de dois pesquisadores do Imperial College, que realizavam encontros em seus laboratórios sobre doenças neurodegenerativas. Michael Motskin e Pavreen Paul recebiam pacientes e pessoas interessadas em suas pesquisas e, com o sucesso do encontro, resolveram pensar em um meio de levar a ciência e o trabalho do cientista até as pessoas. Foi quando surgiu a ideia de percorrer bares e locais de encontros.

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