Educação de jovens, adultos e idosos é tema de encontro nesta quinta-feira (16), em Belém

O evento será realizado no auditório Ismael Nery, das 16h às 21h e conta com o tema "Educação popular e alfabetização enquanto ação cultural para a liberdade"

Gabriel Pires
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Dados do Cadastro Único para Programas Sociais (Cadúnico) detalham que, somente em 2019, Belém totalizava 11.036 pessoas não alfabetizadas. É a partir desse panorama e visando fortalecer o diálogo com as diversas entidades que atuam na educação municipal, Belém recebe, nesta quinta-feira (17), o Fórum Municipal da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). O evento será realizado no auditório Ismael Nery, que fica localizado no Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur), das 16h às 21h e conta com o tema "Educação popular e alfabetização enquanto ação cultural para a liberdade".

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A Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec) detalha que a Ejai é uma modalidade de ensino que atende pessoas acima de 15 anos que, por algum motivo, não conseguiram frequentar a escola no tempo regular. Desde 2021, há um processo de retomada das turmas na capital e a abertura de novas vagas, totalizando 177 turmas em 35 unidades, com o compromisso de oferecer ensino-aprendizagem para quase 5 mil pessoas.

O momento é uma oportunidade para que entidades governamentais, não governamentais (associações, cooperativas, sindicatos, organizações, institutos, igrejas, etc), setores da iniciativa privada e instituições de ensino superior debatam sobre a implementação das políticas públicas voltadas para a educação de jovens, adultos e idosos, conforme detalha a Semec. Dentre os temas que serão debatidos, estão: educação popular freiriana; alfabetização na Ejai; a Ejai e o mundo do trabalho e gestão democrática na Ejai. 

Reivindicações pela educação

Há um mês, a rede municipal de ensino de Belém vem debatendo com os estudantes os três eixos do fórum. Em cada plenária foram escolhidos seis representantes, sendo três estudantes e três trabalhadores da educação para levar ao fórum as reivindicações da rede.

As discussões revelaram que ainda há muitas desigualdades, como conta a estudante Jezilene dos Santos Pantoja, de 17 anos, da 2ª Totalidade, na Escola Municipal Honorato Filgueiras, no Jurunas. Ela abandonou os estudos muito cedo, após uma gravidez precoce aos 13 anos, e atualmente trabalha como empregada doméstica. Jezilene quer saber mais sobre seus direitos trabalhistas.

"No dia de feriado eu trabalho e a minha patroa não paga hora extra. Quero ter direitos iguais como todo mundo tem", disse a estudante, que também pretende ter uma formação no espaço da escola, para realizar seu sonho de ter um salão para trabalhar como manicure, pedicure e estética: "Gosto de tudo que envolve beleza e estética", confiou a moça quando sua turma propôs incluir cursos profissionalizantes no currículo da Ejai.

O encontro, que é promovido pela Semec, surgiu a partir de uma demanda na Conferência Municipal de Educação de Belém (CONMEB 2022), como destaca o técnico de referência da Coejai, Erick Gomes. Ele frisa, ainda, que o encontro é uma demanda do Plano plurianual da Prefeitura Municipal de Belém e tem a “intenção de fortalecer essa modalidade da Educação Básica; a leitura e aprovação do Regimento do Fórum da Ejai em assembleia e afirmar o legado freiriano como referência para a Ejai”.

Confira a programação completa:

  • 16h – Credenciamento;
  • 17h – Acolhida, com apresentação artístico-cultural do Coral da Prefeitura Municipal de Belém “Vozes em Movimento”; 
  • 17h20 - Mesa de Abertura: Vice-prefeito de Belém, Edilson Moura; Diretora de Educação, Profª Jaqueline Rodrigues; coordenador da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, Prof. Dr. Miguel Picanço; 
  • 17h40 – Conferência de abertura com a temática “Educação Popular e a alfabetização enquanto ação cultural para a liberdade” - Profa Ms. Maria Luiza Pinho Pereira/UNB; 
  • 18h40 – Leitura e aprovação do Regimento do Fórum em Assembleia; 
  • 19h40 – Leitura das cartas de compromisso; e 
  • 20h10 – Encerramento com a apresentação artístico-cultural da Escola Municipal Alfredo Chaves - “Boi Alfredense”.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)

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