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Desafios nas redes sociais: especialistas explicam os cuidados com crianças e jovens na internet

Com a viralização do desafio de fumar cotonete nas redes sociais, especialistas explicam os perigos relacionados a esse comportamento e acendem alerta sobre o uso de forma adequada da internet

Gabriel Pires

Mais um desafio nas redes sociais viralizou, recentemente, entre crianças e adolescentes. Desta vez, a mais nova “trend” — desafios e modinhas da internet — popularizada estimula os jovens a "fumarem" cotonete. A “brincadeira” da vez mostra os jovens acendendo a ponta da haste e inalando a fumaça, como se fosse um cigarro comum. Diante disso, especialistas explicam os perigos relacionados a esse comportamento acendem alerta sobre o uso de forma adequada da internet.

A psicóloga Roberta Rios, de Belém, explica que esses desafios estimulam esse público jovem porque essas pessoas possuem a necessidade de se sentirem pertencentes a um determinado grupo. Ao mesmo tempo, despertam a sensação de serem desafiados e superarem o desafio. Esse consumo pode repercutir de forma muito negativa em diversas ocasiões.

“Imagina, se todos estão fazendo, mesmo que seja algo estranho, de alguma maneira isso começa a se normalizar. E aí o estranho é quem não faz. Então eu preciso fazer pra me sentir aceita ou querida por aquele grupo. Então, isso é um grande atrativo“, explicou Roberta.

Família relata cuidados com o uso da internet pelas crianças

Para evitar esses riscos que os desafios virais trazem, a enfermeira Bárbara Altenhofen, de Belém, está em constante alerta sobre os conteúdos consumidos pelo filho Rafael Altenhofen, de 10 anos. Ela conta que possui um certo receio em meio às “trends” que são lançadas nas redes sociais, mas que equilibra o tempo do filho em frente às telas.

"Eu converso com ele sobre os perigos que a internet pode trazer. Sempre que ele vê algo errado ele mostra pra mim. E tento mostrar dessa forma e orientar com a consciência dos perigos que a internet pode oferecer. O desafio é grande, porque a cada dia mais as famílias, as pessoas ficam mais  conectadas a redes sociais, internet”, contou Bárbara.

A mãe do pequeno Rafael relata ainda que a criança usa o celular com frequência, mas sempre é supervisionado quando está no mundo digital. “Eu olho tudo o que ele está acessando: sites,YouTube, tutoriais. Ele só pega o celular e tem acesso à internet, quando eu estou por perto. Eu fico monitorando”, contou ela.

Em meio ao uso frequente, Bárbara relata que em um determinado período o uso da internet prejudicou o desenvolvimento de Rafael. “Com a minha rotina agitada eu acabava deixando ele ficar com o celular, às vezes por estar muito cansada dos afazeres do dia a dia. Mas percebi que o celular estava atrapalhando o desenvolvimento dele, na escola, na saúde, tanto que ele desenvolveu ansiedade. Tive que fazer tratamento com a ajuda de uma psicóloga pediátrica e várias atividades esportivas, instrumentais”, detalhou ela sobre os cuidados com o filho.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)

Belém