Chuva forte congestiona o trânsito, transborda canais e atrasa compromissos em Belém
Quem estava na rua se protegeu como pôde ou foi obrigado a meter o pé n'água
A chuva começou próximo das 16h30, desta quarta-feira (13), e foi se intensificando entre o final da tarde e o início da noite, em Belém, obrigando pedestres a encararem o aguaceiro nas ruas e motoristas, os pontos de lentidão do trânsito arrastado.
Algumas vias inundadas impunham receio a condutores, que por vezes, se aglomeravam em transversais estreitas para fugir de alagamentos que impediam a boa visibilidade de buracos nas pistas cobertas pelas águas empossadas, como foi possível ver em bairros como Cremação, Jurunas, Pedreira e Umarizal, só para citar alguns.
Nas quatro esquinas formadas na confluência da avenida Alcindo Cacela com a Rua dos Mundurucus, na Cremação, os transeuntes eram obrigados a meter o pé n'água que tomava boa parte do quarteirão ou atrasar a viagem de destino à espera da água baixar, se protegendo entre pedaços de calçadas e beiradas de telhados das casas.
A Rua dos Pariquis tinha trânsito engarrafado em razão de alagamentos na via, o mesmo aconteceu na travessa 9 de Janeiro com a avenida Conselheiro Furtado. A rua dos Caripunas, no bairro do Guamá, tinha vários trechos alagados e tomados por carros parados
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Mesmo após o fim da chuva tráfego segue lento em vários bairros
Perto das 20h, ainda era evidente o caos deixado pela forte chuva sobre a cidade. Sem ter alternativas de escape, motoristas amargaram certa espera, o que também aconteceu com os transeuntes. Nas paradas de ônibus as reclamações se repetiam sobre a dificuldade de voltar para casa e de resolver compromissos nas ruas.
"Na verdade, saí de casa no Jurunas para o resultado do exame no laboratório no Umarizal. Quando eu entrei começou a chover, né? O procedimento foi rápido, mas quando eu ia sair a chuva continuava forte e eu fiquei mais de meia hora lá esperando a chuva passar. Estava sol, ela caiu rápido, foi muito rápido', disse o servidor público estadual, Mauro Dantas.
Dantas ainda estava na rua perto das 20h, porque tudo o que ele havia programado para fazer atrasou nesta tarde de quarta-feira por causa da chuva. "Eu vou voltar para casa, agora, eu precisei ir à Cidade Velha, e chovendo já viu", afirmou o servidor Mauro Dantas.
"Eu tive de tirar minha sapatilha, levantar a calça e atravessar com água na canela, depois eu tirei minha toalhinha da bolsa, sequei meu pé e entrei no shopping", contou sorrindo a dona de casa, Conceição Pimentel, no ponto de ônibus, em frente a um shopping na avenida Visconde de Souza Franco, no Umarizal, já voltando para casa, ao lado da amiga, a também dona de casa, Maria de Nazaré. As duas marcaram para pagar contas no shopping e passear um pouco, mas a chuva atrapalhou um bocado.
Vias debaixo d'água
No bairro do Jurunas, no quarteirão próximo à escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná, diversas ruas ficaram alagadas, o que deixou o trânsito bem lento e até os ônibus tiveram dificuldades para circular na área. O mesmo ocorreu na avenida 16 de Novembro, próximo ao Polo Joalheiro.
Na avenida Fernando Guilhon com a rua 3 de Maio, o canal que corta a via transbordou. Motoristas que passavam pelo local reclamaram do tempo que passavam parados. Vários sinais de tráfego estavam em pane, o que aumentou o estresse e a irritação de muita gente, a pé ou de carros, bicicletas e motos.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)
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