Cemitério do Tapanã tem serviço precário de sepultamento, diz sindicato das funerárias
Denunciantes querem reorganização da necrópole para melhor atendimento à população

O Cemitério do Tapanã, em funcionamento no Distrito de Icoaraci, não vem funcionando a contento no sentido de atender aos cidadãos com relação serviços funerários: falta gente para o serviço de sepultamento de pessoas falecidas. A denúncia é feita pelo Ronaldo Borges, presidente do Sindicato das Empresas do Segmento Funerário do Estado do Pará (Sindef-PA).
"Desde 2021, o Cemitério do Tapanã vem protelando os sepultamentos diários, dizendo não ter disponibilidade de vagas nos horários, devido à falta de funcionários, pois o serviço é manual. Com isso, as famílias, principalmente as mais carentes e humildes, têm que fazer o sepultamento até 48 a 72 horas após o dia de falecimento, ocasionando, além da humilhação, desgastes emocionais. Tem também o problema dos feriados, sábados e domingos, que só fazem sepultamentos até às 12:00", destaca Ronaldo.
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Agendamento
Ele enfatiza que também o problema do agendamento "que é realmente uma verdadeira prova de incompetência e desrespeito ao povo belenense".
"Devemos também mencionar a burocracia de se agendar o sepultamento no Tapanã, pois temos de ir no cemitério, depois na agência distrital em Icoaraci (10,500 metros de ida e mais 11,200 metros de volta) para pegar uma guia de recolhimento, depois ir pagar em um banco ou lotérica, tirar uma cópia para eles, e voltar para o Cemitério Tapanã para mostrar e deixar uma cópia do pagamento da taxa de sepultamento, para aí, sim, ficar agendado o sepultamento "no dia em que mais convier para a administração pública municipal" ", relata o denunciante.
Espera
Em 26 de agosto deste ano de 2022, uma senhora foi até o Cemitério do Tapanã e descobriu nessa necrópole que não havia como enterrar o corpo do ente familiar. "Não tinha coveiro, vaga e tinha que esperar por dois dias para sepultar, mas graças a uma amiga minha que conseguiu intervir na situação nós conseguimos fazer o sepultamento", conta a mulher que prefere não se identificar.
Ela relatou que agora no começo de dezembro retornou ao Cemitério do Tapanã e constatou ossos expostos, mau cheiro, mato alto e também lixo, em um quadro desolador para uma necrópole.
A Reportagem Integrada de O Liberal aguarda por um posicionamento da Prefeitura de Belém acerca do assunto.
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