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Brincar é coisa séria: veja como o lúdico pode transformar a infância

Dia 28 de maio é celebrado o Dia Mundial do Brincar, reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

Bruna Lima

Você sabia que no dia 28 de maio é celebrado o Dia Mundial do Brincar? A data, reconhecida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), tem o objetivo de lembrar que brincar não é apenas diversão, é um direito da criança e um elemento essencial para o seu desenvolvimento físico, emocional e social.

Em Belém, a consultora Kelly Cristina, mãe de Lívia, de 11 anos, acredita que proteger a infância é uma tarefa diária. “Hoje em dia parece que as crianças perdem a infância muito cedo. Sempre busquei preservar todas as fases da minha filha, respeitando cada etapa, mas mantendo o espaço da brincadeira. Cada idade tem sua responsabilidade, mas também deve ter seu momento lúdico”, afirma.

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Segundo ela, locais abertos e momentos em família são fundamentais para isso. “O tempo deles hoje em dia é muito tecnológico. Sempre que posso, levo a Lívia para ambientes ao ar livre. Essas brincadeiras que faziam parte do nosso tempo também são importantes para eles. Ela adora”.

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Já a estudante de medicina Raiane Cristina Gomes Bahia, mãe de Maria Eduarda, 4 anos, afirma que, mesmo com a correria do dia a dia, tenta incluir a brincadeira na rotina semanal. “É um momento de lazer e investimento na relação com minha filha. Vejo o quanto isso contribui para o desenvolvimento social dela. Ela chega num espaço com outras crianças e já interage, mesmo sem conhecê-las antes. A comunicação dela melhorou, e até mesmo o desenvolvimento físico, com atividades como correr e se movimentar livremente.”

Ambas reforçam um ponto em comum: a tentativa de reduzir o tempo de tela e priorizar experiências reais, sensoriais e afetivas.

Brincar é ferramenta indispensável

Para a psicóloga clínica Maíra Amaral, que também é pós-graduada em psicopedagogia, o brincar é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento saudável da criança. “É através da brincadeira que a criança explora o mundo, aprende a lidar com as emoções, desenvolve habilidades sociais e cognitivas, e constrói sua identidade”.

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Ela ressalta ainda que a falta desse tempo lúdico pode trazer prejuízos. “Sem brincar, a criança pode ter dificuldades de convivência, de compartilhar, de entender regras sociais e até de lidar com as próprias emoções”.

Quando se trata do equilíbrio entre brincadeiras tradicionais e digitais, Maíra defende uma abordagem equilibrada. “É importante estabelecer limites para o uso dos eletrônicos e garantir tempo para brincadeiras livres e criativas. As antigas, como amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, ainda têm muito valor , promovem interação, criatividade, resolução de problemas. Já as digitais, quando bem usadas, também podem ser educativas”.

A psicóloga também dá uma dica para os pais: “Brinquem com seus filhos. Quando os pais participam, a criança se sente valorizada. O brincar deve ser estimulado tanto pela família quanto pela escola, que são os principais ambientes de desenvolvimento da criança”,

Brincar é um direito

Brincar é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas também é um ato de amor e cuidado. Em tempos em que agendas estão cheias e a tecnologia disputa atenção, reservar tempo para o brincar é um gesto de resistência e proteção à infância.

No Dia Mundial do Brincar, e em todos os outros dias,  a mensagem é clara: brincar é coisa séria. E é dever de todos garantir esse tempo às crianças.

Brincar é mais do que ocupar o tempo livre: é aprender sobre o mundo, interagir com outras crianças, expressar sentimentos, desenvolver empatia e formar identidade. E tudo isso começa com gestos simples, como correr em um parque, jogar amarelinha ou participar de uma brincadeira em família.

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