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Belém registra 19 casos de malária em 2022, informa Sesma

Sã0 12 importados e 7 com possível transmissão local

Eduardo Rocha
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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) alertou as instituições de saúde acerca de casos de malária registrados na capital paraense, que chegam a 19 neste ano. O alerta foi dado pela Secretaria na quarta-feira (23). "Até o último dia 22, a Sesma confirmou sete casos no mês de março. Não há registro de morte na cidade causada pela doença. Está em investigação o óbito de uma pessoa que morreu em São Paulo, depois de passar por Belém, em trânsito do interior do estado. Neste ano, já são 19 casos confirmados no total, sendo 12 importados e sete com possível transmissão local", divulga o órgão municipal.

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Os sete casos confirmados em março são de residentes dos bairros do Umarizal, Cabanagem e Pedreira. Todos os pacientes têm histórico de deslocamento a uma área específica do bairro do Umarizal. Eles já iniciaram tratamento e estão sendo acompanhados pelo Programa Municipal de Controle da Malária (PMCM).

A Sesma orienta as instituições sobre os procedimentos a serem tomados em casos de suspeita da doença. A malária é uma doença de notificação compulsória, portanto, todo caso suspeito deve ser notificado às autoridades de saúde, em tempo oportuno, pelos canais oficiais, como repassa a Secretaria.

A população também pode comunicar casos suspeitos para o Disque Endemias, pelo telefone (91) 3184-6128, ou para o plantão da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Belém, no (91) 98416-3255.

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Quais os principais sintomas da malária?

A malária é uma doença febril, aguda e intermitente. Os principais sintomas – que podem se confundir com os de outros agravos – são febre alta, sudorese intensa, calafrio, cefaleia, náuseas e vômitos. 

"Dessa forma, se faz necessário maior atenção ao atendimento do paciente, notificação compulsória e coleta de exames. Após a informação da suspeita à Sesma, um agente de endemias se dirige ao local para investigação do caso, com a finalidade maior de identificar o caso índice e uma possível cadeia de transmissão, para que se faça o bloqueio por meio da ação de controle vetorial (termonebulização) e educação em saúde", informam os técnicos da Secretaria.

A doença vem reincidindo no Pará nos últimos anos, mesmo que os números se apresentem em queda. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), até a semana passada, indica que, em 2019, foram registrados 32.753 casos e 6 óbitos. Em 2020, 24.548 casos e 4 óbitos. Já em 2021, 20.112 casos e 2 óbitos. Em 2022, até agora, já são 2.311 os casos no Estado. Os números situam-se na faixa anual de 20 a 30 mil, e em menos de três meses neste ano de 2022, já são mais de 2 mil casos.

Como prevenir a malária?

A médica infectologista Tânia Chaves, docente da Famed/UFPA, consultora da Sociedade Paraense e Brasileira de Infectologia e presidente da Sociedad Latino Americana del Viajero, dá orientações sobre a malária. Ela destaca que não se deve ter objetos amontoados nos quintais como brinquedos, pneus, e vasilhames que podem ser locais perfeitos para o desenvolvimento de mosquitos. “Desde o Aedes aegypti até mesmo o Anopheles que é o mosquito transmissor da malária”, pontua. 

“Neste período, em Belém, muitas pessoas retornam de suas viagens a trabalho para visitar seus familiares. É justamente estas pessoas, que são viajantes, que podem carrear ou serem portadores de patógenos, como no caso atual do surto de malária. Os viajantes vindos de áreas endêmicas de malária podem carrear o Plasmodium sp que é o protozoário causador da malária”, acrescenta.

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