Belém amanhece com novos registros de fumaça nesta terça-feira (03)

Pelo segundo dia consecutivo, moradores da capital registram a fumaça cobrindo vários bairros

Maiza Santos | Especial para O Liberal

Na manhã desta terça-feira (3), Belém voltou a amanhecer com vários bairros cobertos por fumaça. Moradores registraram e compartilharam a situação nas redes sociais, relatando incômodo e apreensão devido aos riscos à saúde. Desde a última segunda-feira (2), a população da capital paraense já havia registrado alguns pontos com a intensa fumaça de procedência, até então desconhecida, que afetou os bairros de Nazaré, Pedreira, Umarizal e Marco.

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Ainda não se sabe a origem da fumaça, que pode estar associada a incêndio no lixão do Aurá, em Ananindeua

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Os focos de incêndio foram registrados desde o último sábado (30)

Tanto quem olha de cima dos edifícios residenciais até mesmo quem caminha pelas ruas de Belém pode perceber a neblina esbranquiçada que a fumaça gerou. Nas primeiras horas da manhã de hoje, fotos enviadas à Redação Integrada de O Liberal mostram a Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo, entre Municipalidade e Rua do Una; e também a Antônio Everdosa, no bairro da Sacramenta, com vários pontos críticos de fumaça. Confira! 

image (Fotos: Lázaro Magalhães | Especial para O Liberal)

O economista Vicente Jr foi uma das pessoas que também fizeram um registro de Belém com os pontos de fumaça atípicos. “Mais um dia com cobertor de fumaça em Belém”, escreveu ele na rede social “X”

Possíveis motivos para a fumaça em Belém 

Apesar das várias especulações sobre o que poderia está causando a fumaça, inclusive que teria algo relacionado ao incêndio de grandes proporções no Lixão do Aurá, o Corpo de Bombeiros explica que vários motivos podem estar ligados a situação.

“O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informam que neste verão amazônico a estiagem e outros fenômenos climatológicos cooperam para o surgimento dessa ‘nuvem de fumaça’, entre eles os incêndios. Entretanto, apesar de colaborarem  para o fenômeno, os  incêndios não são determinantes para a existência de fumaça”, diz a nota.

Incômodos e preocupações

image Liriana de Castro Tavares (Imagem: Ivan Duarte / O Liberal)

A situação da fumaça em Belém tem assustado os moradores da capital paraense. A população chegou a relatar que a neblina da fumaça chegou a preocupar devido problemas respiratórios que podem ser agravados. Liriana de Castro Tavares, que é cabeleireira e mora no bairro da Pedreira, conta que ficou preocupada pois possui alguns problemas como tosse e asma.

“Tenho percebido essa fumaça há uns quatro dias. Como saio cedo de casa para o trabalho, eu via essa neblina de fumaça. Eu tenho problemas de tosse, alergia e essas coisas, então tenho medo de se agravar e ter mais complicações. Além disso, ainda pode afetar as crianças, já que faz muito mal para elas. A fumaça e a quentura tem feito muito mal para gente aqui na cidade. O certo seria a gente voltar a usar máscara em algumas situações, ainda mais porque o tempo não tá muito normal. Queimada, quentura, desmatamento, fumaça, isso prejudica demais”, diz Liriana.

image Lucila Moraes (Imagem: Ivan Duarte / O Liberal)

Por outros bairros da cidade, moradores relataram que nas proximidades do Parque do Utinga os visitantes não conseguiram praticar exercícios físicos devido a inalação da fumaça que se concentrou na área. Lucila Moraes, que é esteticista e possui residência no bairro do Curió Utinga, fala que chegou a sentir a garganta seca e com leve ardência causada pela fumaça.

“O cheiro estava muito forte. Do apartamento da minha sogra dava para ver alguns pontos da fumaça bem intensa e preta. Isso faz muito mal. A minha sogra estava tossindo e eu acho que uma das causas da tosse dela foi a fumaça que irritou a garganta dela. Um dia antes eu estava conversando em frente de casa e percebi o cheiro de fumaça. E sei que isso é tóxico. Quando a gente anda pelas ruas é onde percebemos mais. Acho que é bom usar uma máscara porque a poluição tá pior com essa fumaça”, aponta.

Por meio de nota a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que o atendimento à problemas de saúde, devido a inalação da fumaça, a rede de urgência e emergência da capital, composta pelas Unidades de Pronto Atendimento da Marambaia, Terra Firme, Jurunas, Sacramenta e Icoaraci, além dos Hospitais Pronto Socorro Municipal “Mário Pinotti” e “Humberto Maradei” seguem funcionando no regime de “porta aberta” para atendimento a possíveis casos de agravamento por problemas respiratórios em virtude da fumaça. Mas reiterou que não registrou aumento significativo no número de atendimentos a esses casos até o momento. 

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