'Mães de primeira viagem' relatam como essa experiência transformadora multiplica o amor
Neste domingo especial do Dia das Mães, O Liberal conta a história de duas belenenses que descobriram a maternidade na última semana
Ser mãe é uma experiência transformadora para qualquer mulher. Para aquelas que vivem essa jornada pela primeira vez, o Dia das Mães tem um significado ainda mais especial. Entre noites mal dormidas, fraldas trocadas e descobertas diárias, essas mulheres enfrentam o desafio de aprender a ser mãe enquanto lidam com inseguranças, emoções à flor da pele e o desejo constante de fazer tudo certo. É um momento de entrega total, mas também de construção de um amor que cresce a cada olhar, gesto e pequeno avanço do bebê.
Quando a surpresa é muito bem-vinda
Em Belém, alguns relatos de "mães de primeira viagem" mostram como o amor se multiplicou sem limites. Para Raiane Ketlen de Oliveira, de 22 anos, esse a chegada dessa nova vida começou como uma surpresa, mas profundamente bem-vinda. “Já tentava há muito tempo. Quando o teste deu positivo, fiquei muito feliz. Não era esperado naquele momento, mas foi muito bem-vindo”, conta a jovem, emocionada, ao falar sobre a descoberta da gravidez do pequeno Isaac, que nasceu no dia 7 de maio.
Casada há seis anos, Raiane já sonhava com a maternidade. O nascimento do filho veio como um presente depois de anos de tentativas. Agora, ela vive pela primeira vez a experiência do Dia das Mães com um bebê nos braços. “É uma emoção inexplicável. Escutar o chorinho dele pela primeira vez me fez chorar também. É um amor que a gente sente mesmo antes de conhecer.”
A rotina mudou completamente. Em meio aos desafios da nova fase, Raiane conta com o apoio do marido e da mãe. “Minha mãe está me ajudando muito. É tudo novo para mim, mas vou dar o meu melhor”, diz ela, que trabalha com estética.
O parto, inicialmente planejado para ser normal, precisou ser transformado em uma cesariana. “Tentamos induzir, mas não evoluiu. Fiquei nervosa quando me disseram que tinha uma complicação. Mas graças a Deus deu tudo certo. E quando vi o rostinho dele, foi mágico”, completa a mãe.
Amor de avó
Kathiane Gemaque, 37, é mãe de Raiane e acompanhou toda essa emoção de perto. Ela teve a filha aos 14 anos e em seus 15 anos ela dançou valsa com a Raiane no colo. “É muita emoção viver esse momento, pois eu perdi os meus pais quando eu tinha sete anos. Para a minha filha eu pude estar presente e ajudá-la nesse momento especial. Para mim é uma dádiva poder carregar o meu neto no colo e estar com ela nesse primeiro momento”, relata a mãe de Raiane.
A reportagem de O Liberal acompanhou passo a passo o dia em que Raiane passou na maternidade. Inclusive, registrou momentos emocionantes do parto de Isaac. Confira:
Quem acompanha de perto histórias como a de Raiane é a enfermeira obstetra Alicia Paiva, de 39 anos. Coordenadora da maternidade do Hospital Beneficente Portuguesa, ela compartilha que sua própria experiência como mãe foi o que a inspirou a seguir na profissão. “Meu primeiro filho me levou à enfermagem obstétrica. Cada parto me emociona, especialmente os de mães de primeira viagem. São histórias que me tocam profundamente”.
Para Alicia, o papel do profissional de saúde vai além do cuidado clínico: é também de acolhimento e incentivo. “Muitas gestantes sonham com o parto normal, mas às vezes o trabalho de parto é longo e difícil. Aí entra nossa presença, com apoio, escuta e incentivo. Estar ao lado delas faz toda a diferença”.
Nesse momento, Alícia ainda vive o luto pela perda do filho primogênito. O filho era especial e, no ano passado, ele precisou passar por uma cirurgia e não resistiu. Esse ano o dia das mães não será completo, mas Alícia diz que sua vida segue pelo amor a filha caçula, que é quem lhe ajuda a seguir todos os dias.
Neste Dia das Mães, Raiane celebra não só a chegada de Isaac, mas também o nascimento de uma nova versão de si mesma. “Quero dar a ele tudo de melhor: educação, valores. O mundo está difícil, mas vou correr atrás. Ser mãe me fez mais forte”.
Uma cesariana urgente
A maternidade também foi uma experiência transformadora para a professora de Educação Física Julyane Silva, de 24 anos, de Belém. Essa transformação começou no último dia 5 de maio com o nascimento de seu primeiro filho, Matteo Silva, na Santa Casa de Misericórdia do Pará. "É uma experiência única. Tive algumas complicações antes do parto, foi feito uma cesariana de urgência. Eu estou muito feliz porque, depois do meu parto a gente não teve nenhuma complicação, tanto eu quanto ele, e tá sendo uma experiência única para mim."
A chegada de Matteo trouxe uma nova perspectiva para Julyane. "Eu acho que agora é uma experiência única. Vai ser uma nova jornada na minha vida, muitas coisas vão mudar na minha rotina, mas eu me sinto muito feliz por isso."
Na última quarta-feira (7/5), a reportagem registrou momentos emocionantes de Julyane ainda na Santa Casa de Misericórdia com Matteo. Confira:
Curiosamente, ser mãe não era um sonho antigo de Julyane, mas tudo mudou quando soube que estava grávida. "Na verdade, eu não sonhava em ser mãe, mas ao longo do tempo, eu descobri que eu estava grávida e tudo mudou dentro de mim. É uma coisa inexplicável. Eu acho que só quem realmente vira mãe sabe o que significa esse sentimento. É uma coisa inacreditável dentro de mim, porque realmente eu não sentia essa questão de ser mãe, esse contato com criança. Eu dizia que queria ser só tia. Mas eu estou gostando da experiência de ser mãe. Eu sou apaixonada pelo meu filho."
Confira mais fotos de mãe e filho:
O início da maternidade na vida de Julyane como mãe está apenas começando, mas já é marcada por descobertas e emoções intensas. Ela conta que reconhece que muitas coisas vão mudar em sua rotina, mas se sente feliz por isso, e descreve o amor por seu filho como algo surpreendente: "Eu sou apaixonada pelo meu filho. Esse amor incondicional é uma das maiores recompensas da minha vida.”
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