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Círio de Icoaraci chega ao fim após três horas de caminhada e reúne grande número de fiéis

Celebração começou com missa presidida por Dom Júlio Endi Akamine e percorreu vias centrais do distrito

Jéssica Nascimento e Amanda Martins

Após cerca de três horas de procissão, o distrito de Icoaraci reuniu milhares de fiéis na 73ª edição do Círio de Nossa Senhora das Graças, realizada no último domingo (23). Considerada uma das maiores expressões de fé da região, a romaria percorreu ruas centrais do distrito em um trajeto marcado por orações e gestos de devoção. A programação iniciou por volta das 7h, na orla do Cruzeiro, com a missa celebrada pelo Arcebispo de Belém, Dom Júlio Endi Akamine.


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A romaria seguiu em direção à Igreja Matriz São João Batista e Nossa Senhora das Graças, percorrendo as ruas Siqueira Mendes, Dr. Lopo de Castro, Manoel Barata, travessa dos Barretos, Coronel Juvêncio Sarmento, retornando à Dr. Lopo de Castro e seguindo pela Padre Júlio Maria até chegar ao destino.

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O vendedor Cleverson Feitosa integrou novamente o Ministério Celebração, grupo responsável pelos cânticos que acompanharam a procissão.  Neste ano, os músicos se apresentaram em cima de um trio elétrico, conduzindo os louvores ao longo do percurso.

“São mais de 30 anos participando do Círio de Icoaraci com o Ministério Celebração, cantando e louvando a Maria junto com o povo icoraciênse”, afirmou.

Para ele, o Círio representa um momento de renovar a devoção. “Nós, católicos, lembramos de Nossa Senhora como nossa mãe, medianeira de todas as graças. Ela intercede por nós junto a Jesus e isso vale para a gente como mãe de Deus e nossa mãe também”, destacou.

Entre os participantes, o empresário Jaime José, que atua de forma voluntária na guarda da procissão, destacou a importância de contribuir com a organização do evento religioso. “Primeiro, é um chamado que a gente tem de Maria. Com esse chamado, eu comecei a servir na guarda e auxiliar a população e os fiéis aqui da Vila Sorriso de Icoaraci”, afirmou. 

Católico desde a infância, ele contou que acompanha o Círio há muitos anos. “Para bem dizer a verdade, como fiel desde criança. Nossa família sempre foi católica e o Círio passa na frente da nossa residência. Pela guarda, já faz uns dois anos que faço esse serviço voluntário”, relatou. 

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A jovem Raíssa Santos, de 23 anos, também acompanhou a romaria deste ano, mas de uma forma que, segundo ela, foi mais profunda. “Esse ano está sendo diferente para mim, porque eu não estou só como fiel. Antes, eu servia no Círio, mas hoje está sendo totalmente diferente, estou imersa, estou vindo do lado de fora agora”, disse. 

Ela contou que costuma participar do Círio em outros anos, mas destacou que esta edição teve um significado especial. “Meu objetivo hoje é participar de coração. Só tenho a agradecer pela união da minha família. Saúde é muito importante também nesses últimos anos”, declarou.

Há mais de três décadas acompanhando o Círio de Nossa Senhora das Graças, a fiscal de caixa Tatiane Silva descreveu o momento como parte de uma tradição familiar. “Isso é uma tradição de família, a gente está aqui todos os anos, há mais de 30 anos. É uma fé muito grande que a gente tem”, ressaltou. 

Para ela, a romaria representa união e devoção. “A gente reúne todo mundo e vem para cá, segue com a Santa e com os outros devotos. Não tem como explicar, é uma coisa que a gente sente”, afirmou. 

Este ano, Tatiane contou que a participação teve um sentido ainda mais especial. “Vim agradecer pela minha família e, principalmente, pela minha vida. Passei por um momento muito difícil de saúde, mas hoje, graças a Deus e a Nossa Senhora, estou aqui novamente com a minha família”, disse emocionada.

Moradora de uma das ruas por onde a procissão passa, a aposentada Maria Elizabeth de Santos Paiva participa da celebração todos os anos ao lado da família. Ela contou que o envolvimento dos moradores tem resultado em homenagens ao longo do trajeto. “Isso aqui para mim é todo ano. A gente vem assistir esse momento da missa, apreciar a passagem da santa e fazer nossos pedidos”, relatou. 

Segundo ela, a tradição é mantida de geração em geração. “Nós temos nossas filhas, netos e já uma bisneta. Peço por todos eles. Peço também pela minha mãe, que já está com 95 anos”, disse.