11 mil alunos da educação infantil voltam às aulas em Belém
Das 203 escolas da rede municipal de ensino, 153 escolas ofertam a educação infantil, com crianças de zero a cinco anos

A educação infantil de Belém abrange o berçário I e II, maternal I e II e Jardim I e II, com crianças de zero a cinco anos e nesta terça-feira (16), das 203 escolas da rede municipal de ensino, 153 escolas ofertam a educação infantil. A previsão da Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec) é que 11 mil crianças retornem às atividades 100% presenciais.
Na Unidade de Educação Infantil (UEI) Wilson Bahia de Souza, localizada na passagem Cruzeiro, 86 crianças entre zero e três anos retornaram as aulas. A secretária municipal de educação, Márcia Bittencourt acompanhou o retorno e afirmou que a volta foi planejada e que 80 escolas reúnem condições ideais para este retorno. E ainda 77 escolas estão em reforma para serem entregues em um prazo de oito meses.
"Essa é a nossa 3ª etapa de retorno das aulas. Temos um plano de retorno com biossegurança. Voltam 11 mil estudantes, em 153 UEI. Mas somente 80 escolas reúnem as condições ideais de infraestrutura, essa é uma que reformamos. 42 escolas voltam com 50% da capacidade. As matrículas que pegamos ainda eram do ano passado, e não cumpria a legislação de crianças com deficiência, então elas eram superlotadas. Não é possível voltar 100%. 31 delas estão dentro do nosso grande plano de reforma que estamos fazendo. São 77 escolas sendo reformadas ao mesmo tempo", explicou a secretária.
"É uma grande prioridade da prefeitura, fazer a reforma das escolas, para que elas tenham condições totais de retorno. Hoje volta a maioria das unidades educativas da educação infantil. Mas sabemos que a realidade é diferenciada. Outeiro, mosqueiro... As ilhas voltamos 100%, são 24 linhas de barcos que atendem essas crianças ribeirinhas. Que buscam e levam essas crianças a escola", completou a secretária.
Márcia ressalta que é muito importante que a comunidade se sinta segura para este retorno e que junto com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolveram o aplicativo "Guardiões da Saúde", para monitorar possíveis casos de covi-19, mas que devido a eficiência, outros indicadores estão aparecendo. "A sesma treinou 2 guardiões em cada escola. Se tiver qualquer rumor de suspeita de covid-19, a guardiã notifica o aplicativo e a sesma entra em ação. Nós queremos que nossos pais tenham a segurança de retornar a escola. Este aplicativo foi desenvolvido para a Covid, mas já identificamos até desnutrição. Isso acontece quando a educação e saúde estão alinhadas", ressaltou a secretária.
Elaine Mendes é professora da educação infantil de Belém e uma das guardiãs e relembra que este é um momento de adaptação e que só foi possível devido ao rigor dos protocolos, principalmente, porque lidam com crianças de colo. "Nós enquanto professores estamos muito felizes e isso foi só foi possível devido ao plano de retorno. Estamos felizes de voltar e construirmos ainda mais os vínculos com as crianças e famílias. Nosso papel enquanto guardiãs é observar, conversar com a comunidade e notificar", contou.
Valdirene Souza é avó da Ana Cecília de 1 ano e 5 meses e conta que está feliz com o retorno da neta, pois percebeu que o desenvolvimento de Cecília é impactado positivamente na escola, devido ao contato com os outros alunos. Assim como ela poderá voltar a trabalhar, pois com a pandemia precisou ficar em casa com a neta no período da manhã. "Eu estou muito feliz com o retorno dela. É uma forma deles se desenvolverem. Tanto aqui quanto lá em casa. Ter contatos com outras crianças. Para ela tá sendo muito bom e vai me ajudar bastante", finalizou.
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