Segundo a votar, Dino afirma que manifestantes enfrentaram a polícia com violência

Ministro segue relator Alexandre de Moraes no julgamento de Bolsonaro e aliados na trama golpista de 2022

Gabi Gutierrez
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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o segundo a votar no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados acusados de participação na trama golpista de 2022. Em sua manifestação, Dino afirmou que a invasão à Praça dos Três Poderes ocorreu de forma violenta, com enfrentamento direto contra a polícia.

Flávio Dino: “Foi uma invasão violenta”

“Houve uma invasão violenta da Esplanada. As pessoas chegaram à Praça dos Três Poderes porque enfrentaram a polícia e isso está nos autos. E não existe forma de enfrentar a polícia a não ser com violência”, afirmou Dino.

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Ele ironizou: “Não conheço nenhum caso na literatura em que manifestantes chegaram para policiais e disseram: ‘por favor, eu vou romper esse cerco policial’, e trouxeram flores, chocolates e bombons. Não, é confrontação física, é imposição de força, para chegarem à vizinhança do ministro Fux”.

Dino cita plano “Punhal Verde-Amarelo”

O ministro também mencionou o suposto plano de “neutralizar” autoridades, batizado de Punhal Verde-Amarelo. “Não bíblia verde-amarela; os acampamentos não foram em portas de igrejas, mas sim na porta de quartéis. Eu sei que se reza nos quartéis, mas lá há principalmente fuzis, metralhadoras, tanques. Então, a violência é inerente a toda a narrativa que consta nos autos”, destacou.

Moraes abriu votos pela condenação

O julgamento foi retomado nesta terça-feira (9), após as sustentações das defesas e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação. O relator, Alexandre de Moraes, abriu a votação com um longo voto em que defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados, afirmando que o ex-presidente liderou a organização criminosa.

As penas só serão definidas ao final da votação. Em caso de condenação, os réus podem pegar até 30 anos de prisão em regime fechado.

Ainda faltam votar os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão da Primeira Turma do STF será por maioria simples, com três dos cinco votos. Sessões nos dias 10, 11 e 12 de setembro estão reservadas para a conclusão do julgamento.

Réus do julgamento no STF

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
  • Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
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