Procuradores enviam documento a Aras cobrando providências após atos terroristas em Brasília
Os 140 integrantes do MPF pedem a adoção de providências para a "pronta apuração de crimes contra as instituições democráticas"
Um documento assinado por 140 integrantes do Ministério Público Federal (MPF) foi enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, cobrando providências após os atos terroristas promovidos por grupos radicais em Brasília, o que resultou em invasões e ataques às sedes dos Três Poderes. As informações são do G1.
Os procuradores solicitam, na representação endereçada a Aras nesta segunda-feira (9), a adoção de providências para a "pronta apuração de crimes contra as instituições democráticas" e a determinação de medidas "necessárias e suficientes" para o reestabelecimento da ordem pública.
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Aras lamentou os atos durante reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto nesta segunda, e afirmou que o Ministério Público está mobilizado para não permitir que o episódio de domingo se repita. Ele acrescentou que o órgão vai buscar a responsabilização dos culpados. "Não só na reparação dos danos, mas também nas penas restritivas de liberdade para ato tão torpe que é atacar a democracia", explicou.
Os procuradores afirmam que o objetivo dos invasores radicais era gerar um "colapso" na democracia com uma tentativa de "golpe de Estado", e que as forças de segurança não reprimiram os criminosos. No documento, os procuradores criticam a atuação da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal (DF); o governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB); e o ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.
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"Além da aparente falta de disposição de alguns policiais para agir com a energia necessária e evitar a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes republicanos, os fatos precedentes indicam possível omissão ou conivência de autoridades públicas responsáveis pela manutenção da ordem no Distrito Federal, dentre elas, seguramente, o governador local e o seu secretário de segurança pública", diz a representação.
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Os procuradores ainda afirmam que é necessário investigar a possibilidade de as tropas policiais terem sido "orientadas a não coibir adequadamente o movimento golpista". E lembram que grupos de invasores radicais ocuparam espaços públicos por meses, especialmente em Brasília.
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