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Pará lança Plano Estadual de Bioeconomia na COP 27 

Estratégia tem 89 ações para áreas de pesquisas, inovação, patrimônio cultural, cadeias produtivas e negócios sustentáveis, entre outras

O Liberal
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Um plano robusto, construído com a participação direta de representantes dos povos da floresta. É assim que o governo do Pará define o Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio), lançado nesta quarta-feira (16), na 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 27), no Egito. A apresentação da estratégia estadual foi feita presencialmente pelo governador Helder Barbalho, que participa das discussões na cidade egípcia de Sharm El Sheikh. Com informações da Agência Pará.

“O Plano de Bioeconomia está pronto para ser a construção do amanhã no Pará. Para que a partir da bioeconomia a gente consiga gerar emprego, renda, garantir uma solução ambiental, mas que seja inclusiva socialmente, sustentável no âmbito do uso da terra, mas, acima de tudo, que seja sustentável para empregar pessoas, inserir gente, para garantir renda para nossa população", afirmou o governador Helder Barbalho, na COP 27.

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Pará é pioneiro em estratégia para uma economia limpa

O Pará apresenta-se entre os pioneiros na elaboração de um  plano que prevê soluções econômicas baseadas nos recursos naturais, a fim de transformar o modelo econômico existente em uma economia limpa, de baixo carbono, a partir da valorização do conhecimento tradicional, que há milênios, sabe como conservar a floresta. 

De acordo com o governo estadual, o Plano de Bioeconomia ouviu representantes dos povos da floresta, alguns estavam no lançamento da iniciativa, ao lado do governador nesta quarta-feira, na COP 27. 

Participaram do lançamento a representante da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungo), Érika Monteiro; o diretor do Conselho Nacional de Extrativistas do Pará (CNS), Ivanildo Brilhante; a presidente da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa), Puyr Tembé; José Otávio Passos, diretor da Ong The Nature Conservancy (TNC); e o secretário de meio ambiente e sustentabilidade do Pa(Semas), Mauro O’de Almeida.

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Política pública

O Plano foi apresentado como uma política pública do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e ancorado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). Ele integra um dos eixos do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).

O titular da Semas, Mauro O'de Almeida ressaltou que a construção da estratégia envolveu secretarias estaduais e outros segmentos. "Foi construído um grupo de 41 representantes, ouvimos mais de 300 pessoas em municípios polos do Pará para a construção dessa ferramentas e para o alcance das metas de Net Zero do estado. No momento em que vivemos a COP da implementação, chegou a hora da implementação", disse o secretário.

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Plano reúne 89 iniciativas

O Plano tem 89 ações que envolvem pesquisas, desenvolvimento e inovação; patrimônio cultural, genético e conhecimento tradicional associado; cadeias produtivas e negócios sustentáveis.

Representante do Conselho Nacional de Extrativistas do Pará (CNS), Ivanildo Brilhante destacou que, "pela primeira vez, de fato, a gente desenha uma política pública com as populações. Historicamente, as políticas chegaram para a população já desenhadas. Há uma diferença entre fazer para os povos e fazer com os povos", afirmou.

“Não dá para fazer para nós, sem nós, por isso, os quilombolas acompanharam todo o processo e foi importante porque nós pudemos colocar as necessidades do nosso povo", disse a  representante da Malungo, Érika Monteiro. Ela enfatizou, ainda, que, "na Amazônia não existem só floresta e animais, tem pessoas, quilombolas e indígenas".

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Outros Estados também precisam ter estratégias

Presidente da Fepipa,  Puyr Tembé elogiou o plano e afirmou sobre a necessidade de outros Estados também também construírem a política pública, pois os vários biomas no Brasil precisam ser valorizados e protegidos igualmente como a Amazônia. 

O diretor da TNC no Brasil, José Otávio Passos, destacou que três pontos são importantes para entender a importância do plano e como ele pode ser transformador no Pará. "Primeiro é que ele foi um processo coletivo de construção, segundo, ele acerta no direcionamento que está sendo dado, e terceiro é que agora o desafio é a implementação desse plano”, elencou.

“Quero fazer um chamamento para todos que acreditam nisso, a sociedade civil, a iniciativa privada para continuar construindo conosco e que possa vir com a gente, apostando na biodiversidade do Pará, na capacidade deste Estado de fazer do seu bioma o novo grande ativo para o desenvolvimento sustentável", afirmou o governador, Helder Barbalho.

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