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Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes, diz Tarcísio

Declaração foi dada diante de milhares de apoiadores bolsonaristas em manifestação na Avenida Paulista

Estadão Conteúdo
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, atacou na tarde deste domingo, 7, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Disse que Moraes impõe uma "tirania" que "ninguém aguenta mais". A declaração foi dada diante de milhares de apoiadores bolsonaristas em manifestação na Avenida Paulista no feriado do dia da Independência do Brasil. Tarcísio atacou Moraes logo após os manifestantes entoarem o grito de "Fora Moraes".

"Por que vocês (manifestantes) estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo no País", disse o governador. A declaração de Tarcísio representa uma subida de tom do governador contra o Supremo Tribunal Federal. Apesar de estar ao lado de Jair Bolsonaro em quase todos os assuntos, o governador normalmente evita conflitos com a Suprema Corte. É visto em Brasília como um dos bolsonaristas que tem boa interlocução com ministros do STF.

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O ataque veio após Tarcísio iniciar uma ofensiva na capital federal em prol da anistia dos réus pelo que a Procuradoria-Geral da República aponta como uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os acusados nessa trama está o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e milhares de pessoas que destruíram as sedes dos Três Poderes clamando por uma intervenção militar em 8 de janeiro de 2023.

Em seu discurso na Avenida Paulista neste domingo, Tarcísio disse que "não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro", repetindo o mantra que se repete entre os bolsonaristas de que há uma ditadura em curso no Brasil. "Nós não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. É isso que precisamos fazer, é isso que precisamos defender. Chega do abuso, chega. Novos tempos virão. Vamos celebrar de novo com um líder que vai estar solto", afirmou, referindo-se a Bolsonaro.

"Não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer. Não há mal que dure para sempre. O bem sempre vence o mal", completou. Não ficou claro a quem Tarcísio se referia como "ditador", mas o ataque a Moraes, que aconteceu poucos minutos depois, indica que tenha sido contra o relator do caso de Bolsonaro no STF.

Governador compara pedido de anistia ao que houve em 1979

Tarcísio foi enfático ao pedir anistia em diversos momentos. Disse que ela é necessária porque o processo contra o ex-presidente e seus aliados "está maculado e viciado". Comparou o processo à anistia em 1979 (esta que se deu em um período realmente de ditadura, durante o governo do presidente João Figueiredo, o último do regime militar). "Se estamos hoje aqui defendendo anistia, é porque a gente sabe que esse processo está maculado e viciado. Essa anistia, assim como foi em 1979, tem que ser ampla e irrestrita, garantia da liberdade", afirmou.

Segundo Tarcísio, não há provas para condenar Bolsonaro. O governador disse que a única coisa que pesa contra o ex-presidente é a delação de Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro durante seu período como presidente. Tarcísio ignorou, porém, declarações de chefes das Forças Armadas, que afirmaram terem sido consultados pelo ex-presidente sobre a possibilidade de aderirem a alguma manobra envolvendo as eleições. Também não mencionou a minuta cuja existência nem o próprio ex-presidente nega, que trataria da decretação de um Estado de sítio no País, alegando que o processo eleitoral conteve falhas.

"Que história é essa? Como vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova? O que eles têm é uma única delação e o colaborador mudou de versão seis, sete vezes em três dias, sob coação. Essa delação vale de alguma coisa? Uma delação mentirosa. Não se pode destruir a democracia sob pretexto de resgatá-la", afirmou o governador aos bolsonaristas na Paulista.

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