Moraes: é 'patente' participação de 'líder da organização' no plano para assassinar autoridades
O relator deu destaque a um áudio em que o general Mário Fernandes, que imprimiu cópias do Plano Punhal Verde e Amarelo no Palácio do Planalto, que cita "conversa com Bolsonaro"
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, destacou nesta terça-feira, 9, que é "patente a participação do líder da organização criminosa" - o ex-presidente da República Jair Bolsonaro - no plano de assassinato de autoridades. O relator deu destaque a um áudio em que o general Mário Fernandes, que imprimiu cópias do Plano Punhal Verde e Amarelo no Palácio do Planalto, que cita "conversa com Bolsonaro.
"Além do líder da organização criminosa ter se encontrado com o general Mario Fernandes, no Alvorada, no dia em que ele imprimiu as primeiras cópias do planejamento. Além, do líder da organização ter se reunido no dia 6 de dezembro, com o réu colaborador e um dos integrantes da Operação Copa 2022, Rafael Martins Oliveira. Além dessas duas coincidências, o conhecimento e anuência de Jair Bolsonaro sobre o plano de neutralização de autoridades públicas, que foi impresso e entregue em duas oportunidades, foi corroborado por áudio enviado pelo próprio general Mario Fernandes", destacou.
"Há um áudio: 'Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição' ... Não há prova, mais cabal, além das duas reuniões, das impressões, que o áudio gravado pelo general Mário Fernandes, enviado a Mauro Cid. Não há como se afastar, nesse ponto, as alegações do colaborador, porque todas elas, todas, foram confirmadas pela presença simultânea em reuniões, pela impressão dos planos e por um áudio. Patente à participação do líder da organização de criminosa", completou o ministro do STF.
Antes da ponderação, Moraes destacou a impressão de cópias do plano Punhal Verde de Amarelo, no Palácio do Planalto, com a presença simultânea, no local do militar que ficou responsável por executar a operação Copa 2022 - ação de monitoramento e eventual execução no plano de matar Moraes -, do delator Mauro Cid e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"São muitas coincidências inexplicadas", registrou o ministro, destacando a sucessão de eventos e destacando que a presença dos citados foi confirmada em "prova técnica". "Aqui não importa a versão de um para a versão de outro", pontuou.
Segundo Moraes, a Operação Copa 2022 foi abortada quando comandantes das Forças Armadas recusaram a ideia de golpe militar, vez que os kids pretos foram às ruas ao mesmo tempo em que ocorrida uma reunião com a cúpula militar para forçar dia adesão à tentativa de golpe.
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