Guilherme Boulos participa de evento na UFPA sobre a Reforma da Previdência

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está em viagem por todo o país

Abílio Dantas/ Redação
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Em viagem pelo país para debater a proposta de reforma da Previdência, Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e candidato à presidência da República, em 2018, pelo Psol, esteve em Belém nesta quinta-feira, 28, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Boulos participou, às 16h, de evento organizado pela direção de seu partido e expôs suas opiniões sobre as políticas defendidas pelo governo Bolsonaro, com destaque para o projeto do presidente para o sistema previdenciário e para as polêmicas em torno dos 55 anos do Golpe Militar de 1964, que ocorrerá no próximo domingo, 31 de março. 

"Nós queremos aqui homenagear pessoas como Edson Luís, estudante paraense que foi assassinado pela Ditadura Militar há exatos 51 anos, no dia 28 de março. E não para homenagear torturadores e assassinos. Querer homenagear quem tem sangue nas mãos é um escândalo", declarou ao público formado por estudantes, professores, servidores públicos e ativistas, que estiveram concentrados por uma hora no Espaço do Vadião, no campus do Guamá, da UFPA.

Em seu pronunciamento, Boulos lembrou também a morte de Dilma Ferreira Silva, coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), no Estado do Pará, assinada no dia 22 deste mês, no assentamento Salvador Allende, zona rural do município de Baião. "Queremos homenagear também Marielle Franco, nossa companheira de luta, exemplo de representatividade, que foi assassinada por milicianos que tinham ligações com pessoas que a família de Bolsonaro homenageou e empregou nos gabinetes", disse.

Ao debater a nova proposta de reforma da Previdência, o coordenador do MTST considerou que o que está em debate é uma discussão entre "um regime de solidariedade, por um lado, e outro de exclusão". "Essa reforma não é para melhorar a Previdência e, sim, para destruir a Previdência pública. Eles colocam 40 anos de tempo de contribuição pra ter salário integral. Isso é inviável para o trabalhador médio no Brasil, principalmente aos que trabalham sem carteira assinada. Fazem isso para poder inviabilizar o INSS como alternativa e os trabalhadores com mais condição botarem sua previdência em bancos privados e, com isso, a aposentadoria vira um privilégio de quem tem como pagar", argumentou.

Organizado pelo Psol e por movimentos sociais da Frente Povo Sem Medo, o "giro" de Guilherme Boulous pelo país já passou pelos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo. "Reunimos milhares de pessoas nas universidades, nas associações de bairro. O foco principal é pensar soluções para o Brasil, pois estamos vivendo sob um governo que não tem condições de governar o Brasil", criticou.

Participaram também da atividade na UFPA, o deputado federal Edmilson Rodrigues, a deputada estadual Marinor Brito e os vereadores de Belém; Fernando Carneiro e Nazaré Lima.  Após o debate, Boulos esteve no bairro da Terra Firme, para participar de uma assembleia popular com lideranças da cidade.

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