Ex-assessor de Janones denuncia cobrança de ingresso em eventos pagos com dinheiro público de emenda
Segundo Fabrício Oliveira, um grupo privado ligado ao deputado teria lucrado com a venda de ingressos e bebidas em eventos organizados pela Prefeitura

O ex-assessor do deputado federal André Janones (Avante-MG), Fabrício Ferreira de Oliveira, denunciou o envolvimento do parlamentar em um esquema de shows milionários promovidos com dinheiro público e sem licitação. Segundo Oliveira, que forneceu informações à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria Geral da República (PGR) sobre as "rachadinhas" que teriam sido praticadas por Janones, os eventos eram realizados em Ituiutaba (MG). As informações são do portal Metrópoles.
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A cidade é reduto eleitoral do deputado e a prefeita é Leandra Guedes (Avante), ex-assessora de Janones. Segundo o Metrópoles, ela também estaria envolvida no esquema de devolução de salários. Em 4 de dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux abriu inquérito para investigar o caso. Janones nega e diz que propôs, na realidade, uma "vaquinha" para ajudar no custeio de dívidas pessoais.
Em relação às novas denúncias, Fabrício diz que a Prefeitura contratou atrações musicais por valores milionários. Segundo ele, há “fortes indícios de desvio de erário público”, uma vez que o montante para custear os eventos era obtido por meio das chamadas “emendas PIX”, emendas individuais impositivas por meio de transferências especiais. Esses recursos seriam destinados à cidade por Janones.
Lucro
Oliveira ainda detalhou que um grupo privado ligado ao deputado e que teria vínculo familiar com o congressista teria lucrado com a venda de ingressos e bebidas em eventos organizados pela Prefeitura. Entre os nomes contratados para os eventos estariam Gusttavo Lima, Jorge & Mateus, Alok, Zezé Di Camargo & Luciano e Simone.
O ex-assessor afirma que a venda de ingressos também fazia parte do esquema e que o acesso à metade do espaço destinado ao evento era gratuito. Na outra metade, bilhetes de entrada eram vendidos “como se fosse um camarote”. Por se tratar de eventos pagos com verba pública, a cobrança por ingressos é proibida. Tanto a prefeita como o deputado negaram qualquer irregularidade.
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