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Caminhoneiros do Pará se reúnem nesta quarta para decidir sobre apoio à paralisação nacional

Representantes avaliam impactos locais do movimento previsto para começar nesta quinta (4/12); Ceasa alerta para possível risco de desabastecimento.

Jéssica Nascimento
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O Sindicato de Transportadores de Cargas do Estado do Pará (Sintracarpa) deve se reunir ainda nesta quarta-feira (3/12) para decidir se os caminhoneiros paraenses vão aderir à paralisação nacional anunciada para começar nesta quinta-feira (4/12). O movimento, articulado por lideranças nacionais da categoria, não é apresentado como ato político, mas como uma mobilização por melhores condições de trabalho.

No vídeo divulgado nas redes sociais, o desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), Chicão Caminhoneiro, afirmaram que irão protocolar uma ação para legalizar a paralisação geral. Entre as reivindicações nacionais estão a estabilidade contratual, a garantia do cumprimento das leis, mudanças no Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial com 25 anos de atividade comprovada.

“Nossa categoria não é política”, afirma sindicato paraense

De acordo com Edilberto Ventania, diretor do Sintracarpa, a decisão local dependerá da avaliação conjunta com outros sindicatos do estado. Ele reforça que o movimento, caso ocorra no Pará, será motivado exclusivamente por demandas internas da categoria.

“A gente vai se reunir com sindicatos ainda hoje para decidir se haverá paralisação no estado. Uma minoria pode se manifestar. Mas a nossa categoria não é política. A paralisação é pontual”, afirmou Ventania ao Grupo Liberal.

Segundo ele, “se a categoria do Pará aderir à paralisação, será por causa dos nossos interesses e reivindicações. Entre elas, estão a questão do frete, o salário, o perigo nas estradas. Ou seja: a melhoria das condições de trabalho e a segurança.”

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Ceasa alerta para risco de desabastecimento

Caso os caminhoneiros realmente parem, o impacto pode ser significativo no abastecimento de alimentos no estado, segundo a direção das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa/PA). Cerca de 80% dos produtos comercializados no entreposto vêm de outros estados e dependem diretamente do transporte rodoviário.

O diretor técnico da Ceasa/PA, Denivaldo Pinheiro, explica que o risco existe, mas dependerá da duração do movimento.

“Ocorrendo a paralisação dos caminhoneiros, haverá um grande risco sim de desabastecimento, visto que 80% dos produtos comercializados na Ceasa/PA são oriundos de outros Estados do país, portanto dependem diretamente dos serviços de transporte realizados pelos caminhoneiros”, avalia.

Ele explica que, “porém, é importante ressaltar que isso pode ocorrer caso essa paralisação se confirme e se o período de paralisação se estender por muitos dias.”

Pinheiro lembra ainda que a aproximação das festas de fim de ano levou o mercado a aumentar os estoques.

“Como já estamos no período das vendas natalinas, nosso mercado já tem procurado se abastecer de produtos. O volume de hortifrutis tem aumentado desde novembro justamente se preparando para esse período”, explicou.

Mesmo assim, ele reforça que a situação preocupa:

“Mas, de fato, a paralisação dos caminhoneiros é um fator preocupante para o abastecimento.”

 

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