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Ativistas pela igualdade entre os povos farão ação solidária à causa Palestina em Belém

Iniciativa é reação não-violenta contra a situação dos palestinos

Valéria Nascimento
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Na manhã deste domingo (15), profissionais, de formações diversas, estarão na Praça da República, em Belém, para conversar com as pessoas sobre a necessidade do fim da ocupação de Israel, na Faixa de Gaza, e sobre o direito de retorno dos refugiados palestinos. Farão parte da programação ativistas pelos direitos humanos e pela igualdade entre os povos. Juntos, argumentarão sobre uma solução para o conflito Israel-Palestina que só virá pela criação do estado da Palestina livre e soberana.  

O Grupo Liberal entrevistou Cassim Jordy, de 58 anos, integrante do movimento em Belém, na sexta-feira (13). Ele agradeceu a oportunidade de expressar a voz do outro lado do conflito, a dos palestinos. 

"O povo palestino é vítima várias vezes. Por quê? Porque esse conflito que dura 76 anos na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Israel oriental é de uma desproporção inimaginável. Você vê um povo tentando se organizar enquanto nação e não consegue”, afirmou.

O jornalista, de ascendência libanesa, acrescentou: “você vê um povo lutando pelos seus direitos, buscando cidadania, a organização do estado por meio da condição legal da constituição de uma nação. Lutando contra um poderio bélico gigantesco, talvez o maior do mundo, que é o poderio bélico de Israel aliado aos interesses dos Estados Unidos. Não é uma guerra entre dois países. É uma guerra entre um povo e um império judaico e americano”, afirmou Cassim Jordy. 

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Democracia é uma questão de autodeterminação (livre escolha) dos povos

Cassim integra um grupo de direitos humanos que defende a autodeterminação dos povos, ou seja, o direito de um povo de determinar o rumo político de seu país através do voto de seus habitantes.

O Brasil sempre manteve a postura de respeitar a autodeterminação dos povos. E, essa concepção se alinha ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções). O movimento BDS começou, no ano de 2005, quando a sociedade civil Palestina fez um apelo às pessoas para que boicotassem empresas específicas que estivessem ativamente ganhando com a ocupação de suas terras. 

Na prática, as atividades de grupos pelos direitos humanos e pela igualdade dos povos tomam como referência os objetivos do BDS, defensor da garantia da igualdade jurídica entre palestinos e israelenses, o fim da ocupação de Israel e o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Em Belém, Cassim Jordy não tem conhecimento de palestinos residindo na capital paraense, mas confirmou haver uma grande comunidade de famílias com ascendência árabe. Ele comentou que a realidade conflituosa da Palestina é cara para muitas famílias pelas raízes com a região, e a aproximação com parentes e amigos.

"O povo palestino é vitimado pelos bombardeios, pelo bloqueio (de Israel), pela opressão, pela subtração. E, agora, vítima, novamente, da desinformação porque a grande imprensa mundial só notícia o lado que é do interesse e da conveniência do estado judaico e das grandes potências mundiais. Com raríssimas exceções, não há interesse em contar a real situação do povo palestino”, afirmou ele.

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Apesar do Estado de Israel existir como país apenas a partir de 1948, o atrito entre judeus e árabes palestinos remonta ao período de 1.200 a.C., na região que era conhecida como Canaã.

Ativistas defendem a criação do Estado da Palestina independente e soberana

O jornalista ressaltou que Israel exerce um poder colonizador sobre o povo palestino. E a ascensão dos movimentos de resistência Palestina não pode ser deslocada do contexto histórico de ocupação do território.

"Desde a desapropriação das terras palestinas depois da Segunda Guerra Mundial, quando eles ficaram com metade do território, até a infame guerra criada por eles próprios para avançar sobre o restante do território, a violência tem sido a tônica do estado de Israel enquanto o mundo se cala”, disse o jornalista.

Neste domingo, ele e ativistas solidários estarão na Praça da República, “para apresentar o que significa o terrorismo praticado por Israel e defender a criação imediata do Estado da Palestina independente e soberana”.

Cassim ressaltou: “o estado de Israel vem fazendo uma ocupação sistemática dos territórios palestino, Faixa de Gaza e Cisjordânia. (...) Só este ano, Israel avançou sobre o território palestino com a construção de 12 mil casas de colonos. E esses colonos subjugam o palestino, que é mal tratado, humilhado. Desrespeitado e assassinado. Mais de 200 pessoas foram assassinadas pelo estado de Israel, este ano, sem sequer o Hamas levantar arma. Não faço defesa de assassinatos nem de vidas perdidas, em absoluto, mas o que o Hamas faz é uma reação contra toda essa opressão”.

Serviço:

Ativistas pelos direitos humanos e pela iguadade dos povos

Objetivo: distribuição de panfleto e conversa com as pessoas pela causa do Estado da Palestina livre e soberana

Hora/Local: concentração a partir das 9h na frente do Theatro da Paz, na Praça da República, em Belém  

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