Torcedores detidos passarão a noite presos na Marambaia
Na parte externa da DIOE, dois ônibus da Polícia Militar aguardavam para transportar os detidos até a CCP Marambaia, onde, segundo Marcos André, delegado responsável pelo caso, passarão a noite antes de serem encaminhados a audiências de custódia
Os 239 torcedores de Remo e Paysandu detidos após uma briga na tarde desta segunda-feira (23), no bairro do Marco, em Belém, foram conduzidos para a Central de Custódia Provisória da Marambaia (CCP) durante a noite, após passarem o dia passando por procedimentos na Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), no bairro do Umarizal.
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A cena dentro da delegacia durante todo o dia foi caótica. Os detidos espalhados pelo chão, um forte cheiro de suor e um número considerável de policiais civis e militares tentando organizar o tumulto.
Na parte externa da DIOE, dois ônibus da Polícia Militar aguardavam para transportar os detidos até a CCP Marambaia, onde, segundo Marcos André, delegado responsável pelo caso, passarão a noite antes de serem encaminhados a audiências de custódia previstas para acontecerem ao longo do dia desta terça-feira (24).
O trânsito na avenida Senador Lemos foi interrompido durante a operação. Muitos familiares dos presos estavam do lado de fora da DIOE, buscando informações sobre o paradeiro de seus parentes.
Havia mães, esposas e irmãos que não sabiam ao certo o que aconteceria a seguir. O desespero contrastava com a aparente tranquilidade de alguns detidos, que, rindo e fazendo sinais uns aos outros, pareciam crer que seriam liberados ainda no mesmo dia, o que não se concretizou.
Em declaração à reportagem do Amazônia, o delegado Marcos André afirmou que os detidos seriam transferidos ao sistema penitenciário ainda na noite de hoje. Quando questionado sobre a capacidade das unidades prisionais para receber um número tão grande de presos, o delegado afirmou que passariam a noite no presídio.
"Vai todo mundo para o presídio. Se tem ou não lugar lá, isso não é problema nosso, é da Seccional", disse. A fala foi dada enquanto o delegado fazia uma breve pausa para comer, andando pelo corredor da delegacia com uma marmita, em meio aos detidos amontoados pelo chão.
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