Suspeito de matar vigilante da Uepa é preso pela Polícia Civil, em Belém
O crime aconteceu no dia 2 de dezembro do ano passado, no ginásio da Escola de Educação Física da Uepa, no horário em que vários alunos chegavam para suas atividades

A Polícia Civil prendeu na tarde de quinta-feira (6) um homem suspeito de participar do assalto que resultou na morte do vigilante Ciranildo Noronha Corrêa, de 38 anos. O crime ocorreu no dia 2 de dezembro de 2024, no ginásio da Escola de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Belém, no momento em que diversos alunos chegavam para suas atividades. A vítima foi assassinada com seis tiros.
O suspeito, identificado apenas como Alan, além de ser investigado por latrocínio (roubo seguido de morte), também responde por associação criminosa. Segundo a polícia, ele participou do crime a mando de um faccionado.
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“Em depoimento, o suspeito relatou que a motivação para o crime foi o fato de que deveriam roubar a arma de um vigilante da referida instituição, em troca de uma dívida, que ele e seu comparsa tinham com a facção”, afirmou o titular da Divisão de Homicídios, Maurício Pires.
A prisão foi efetuada com base em um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. Durante a operação, os policiais também apreenderam um notebook, chips de celular e um cartão de memória na casa do suspeito. Ele está recolhido na Central de Custódia Provisória da Cidade Nova, da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
O delegado Eduardo Rollo, também da Divisão de Homicídios, destacou que a análise de imagens de câmeras de segurança do entorno da universidade foi fundamental para a identificação dos envolvidos. Ele explicou ainda que o suspeito já estava preso por outro crime, cometido após o assassinato do vigilante. No entanto, o mandado de prisão pelo latrocínio só foi expedido e cumprido na quinta-feira (6).
Além disso, a polícia realizou um mandado de busca e apreensão na casa do investigado. “Fomos até a casa dele e apreendemos um notebook e alguns chips de telefone. Vamos mandar para a perícia e, conforme o laudo, nós vamos verificar se tem alguma coisa que cabe nessa investigação”, explicou o delegado.
Segundo Eduardo Rollo, o homem preso era o condutor da motocicleta usada no crime. “Ele e mais o adolescente contraíram uma dívida junto a um traficante. Como eles não tiveram condições de arcar com a dívida, foi ordenado que eles tinham que pagar de uma outra forma. No caso, segundo o que consta nos autos, é que eles teriam que pagar com uma arma e foi ordenado que eles tinham que roubar um vigilante da Uepa. Não disseram qual vigilante. Só era um vigilante”, detalhou.
O delegado também esclareceu que a dupla conseguiu levar uma das armas do vigilante, mas, ao verificarem posteriormente, perceberam que se tratava de uma arma de choque e não de fogo. Segundo o delegado, a polícia tem o prazo de dez dias para concluí-las. A polícia não forneceu detalhes sobre o adolescente em questão.
Relembre o crime
A vítima era funcionário de uma empresa terceirizada e teve sua arma de choque levada pelos bandidos – dois homens que chegaram em uma motocicleta. Câmeras de segurança da instituição registraram toda a ação, que durou apenas 15 segundos. O homicídio do vigilante deixou a comunidade acadêmica da UEPA em choque.
Na época, testemunhas relataram que os dois suspeitos surgiram repentinamente de moto e acessaram a portaria pela rampa de entrada. O carona, armado, desceu do veículo já com a arma em punho. O local estava movimentado, com vários estudantes passando e pessoas conversando na entrada. Após efetuar os disparos, o garupa roubou o taser (arma de choque) do vigilante enquanto o comparsa fazia a manobra para voltar pelo portão. O atirador então retornou para a moto e os dois fugiram pelo mesmo lugar que entraram.
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