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Sintepp alerta sobre golpes contra professores e educadores do Pará; vítimas perderam até R$ 20 mil

Golpistas usam o nome de dirigentes da entidade sindical para pedir dinheiro, alegando que é necessário para dar andamento a alguma ação em curso na Justiça

O Liberal
fonte

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) alerta que há um golpe que usa o nome de dirigentes da entidade para tirar dinheiro dos filiados. O estelionato mira em servidores aposentados, em processo de aposentadoria ou com alguma ação judicial em curso. Pelo menos cinco pessoas já comunicaram o sindicato sobre o golpe e foram orientadas a buscar a registrar ocorrência junto à Polícia Civil (PC). Uma das vítimas perdeu quase R$ 20 mil.

 

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Os primeiros casos começaram a ocorrer na segunda quinzena de setembro, como observa a professora Conceição Holanda, coordenadora-geral do Sintepp. Uma professora aposentada de Breves caiu no golpe, mas só depois desconfiou que havia algo errado. As vítimas foram abordadas por pessoas que diziam ser do setor jurídico do sindicato e pediam valores para dar andamento a algum processo. Geralmente, dizem ser a oportunidade de ganhar quantias elevadas em dinheiro.

"Expliquei que nós não fazíamos isso. O Sintepp não liga pedindo dinheiro. Se ligarmos, vai ser para pedir algum documento que está faltando ou pediremos para a pessoa vir à sede do sindicato para alguma orientação. E já ouvimos, de outras vítimas, que quando não usam o nome do Sintepp, dizem ser do Igeprev (Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará). E costumam usar o nome de algum dirigente, como eu ou Vanildo Pereira", observou Conceição.

Após tomar conhecimento, o Sintepp passou a fazer o alerta pelas redes sociais e pelo site. Conceição reforça que o sindicato não liga para pedir dinheiro ou fazer qualquer espécie de depósito. O caso já foi registrado pela entidade junto à Polícia Civil do Pará (PCPA) e a recomendação quem for abordado por uma pessoa suspeita, se passando pelo Sintepp ou Igeprev, é procurar a entidade e registrar o caso na delegacia mais próxima.

"Sabemos de cinco pessoas, mas podem ser muito mais e até ter outras que já começaram a cair no golpe e ainda não sabem. Nos assustamos quando soubemos de uma pessoa que, acreditando ser do Sintepp, saiu fazendo vários depósitos e chegou a perder R$ 20 mil para só então desconfiar e nos procurar. Até na hora de fazer o depósito, é possível ver que a conta não está no meu nome ou do sindicato ou mesmo do Igreprev", concluiu Conceição.

 

Aposentado perdeu mais de R$ 2 mil e golpistas pediam mais dinheiro

Aposentado há 17 anos, Hamilton Ramos Corrêa, de 73 anos, alega ter caído no golpe e perdido a quantia de R$ 2.535. Ele era professor das matérias de química e biologia. Segundo o idoso, tudo começou depois dele receber uma ligação no celular. “Me ligaram na segunda-feira (17) dizendo que meu nome estava listado para receber o valor de R$ 50 mil. Falei com um homem depois me passaram a ligação para uma mulher que se dizia ser a Maria da Conceição Holanda, a coordenadora-geral do Sintepp. Fiz o depósito que eles (golpistas) pediram no valor de R$ 2.535. Depois eles continuaram me ligando pedindo mais R$ 5 mil. Desconfiei porque nas mensagens tinham erros de português”, suspeitou o idoso. 

Hamilton conta que, depois da desconfiança, optou por ir Igeprev onde confirmou ter caído num golpe. “Hoje (terça-feira) fui no Igrepev e lá me confirmaram que se tratava de um golpe. Nenhum momento passou pela minha cabeça se tratar de um golpe”, disse. 

Durante a conversa com a redação integrada de O Liberal, o aposentado estava a caminho da Diretoria Estadual de Combate à Crimes Cibernéticos, unidade que fica na Pedro Miranda, bairro da Pedreira, para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). 

A reportagem solicitou um posicionamento do Igeprev  e da PC sobre o caso e aguarda retorno. 

A reportagem solicitou um posicionamento do Igeprev e da PC sobre o caso. Por nota, o Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará informou que “não faz ligações telefônicas ou envia mensagens instantâneas para seus beneficiários cobrando qualquer quantia em dinheiro”.

“O Instituto tem alertado, ao tomar conhecimento das denúncias, para todos que vierem a receber telefonemas de terceiros, usando o nome do Instituto, procurem a Polícia para denunciar o caso. O Igeprev também não está convocando beneficiários, nem solicitando seus dados pessoais e funcionais, para tratar de pagamento de precatórios”, assegurou o instituto.

Em um comunicado enviado à reportagem, a Polícia Civil disse que o caso foi registrado por meio da Divisão de Combate a Crimes Contra Direitos Individuais Por Meios Cibernéticos. “Apurações estão sendo feitas no intuito de levantar informações sobre a denúncia. A PC ressalta a importância de checar a origem de informações recebidas junto aos canais oficiais do sindicato e, em caso de suspeita de crime, oficializar a ocorrência na unidade policial para que os casos possam ser devidamente apurados e os envolvidos responsabilizados”, disse a PC.

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